O Espiritismo – com os esclarecimentos da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec e posteriormente enriquecida por inúmeras obras mediúnicas – nos alerta para a necessidade do autoconhecimento, como um exercício de introspecção e de autoanálise.

Muitas vezes nós nos vemos inclinados a examinar e a julgar o comportamento alheio, apontando falhas e desvios de conduta dos nossos semelhantes

Entretanto, essa inclinação humana, por vezes, nos afasta do essencial: o autoconhecimento e a autoavaliação, necessários ao progresso de nosso Espírito.

Na introspecção encontramos um refúgio de paz e uma direção segura para a vida.

Na busca por compreender e praticar a mensagem crística, nós somos lembrados que devemos nos ater ao estudo das nossas próprias necessidades para a correção de nossas falhas.

Assim, precisamos procurar aplicar diariamente os princípios superiores que nos foram trazidos por Jesus.

Este chamado à introspecção é, sem dúvida, extremamente relevante em um mundo que constantemente nos bombardeia com expectativas e padrões.

E o Espiritismo nos oferece um refúgio de paz e a direção para o autoconhecimento, pois nos ajuda a refletir sobre as nossas escolhas e entender as questões cruciais da existência.

André Luiz nos convida a olhar para dentro de nós mesmos.

André Luiz, em suas mensagens psicografadas por Chico Xavier, frequentemente aborda a importância do autoconhecimento como um meio de evolução espiritual.

Em um de seus textos, ele nos exorta a “acordar” e olhar para dentro de nós mesmos.

Caso contrário, diz ele, corremos o risco de sermos “cegos do mundo interior”, como o texto abaixo nos alerta. 

O autoconhecimento, na visão do Espiritismo, é uma finalidade da reencarnação.

Seja você um iniciante na Doutrina Espírita ou então alguém que já aprofundou seus estudos, a mensagem é clara: é sempre mais fácil examinar as consciências alheias e opinar sobre questões que não nos dizem respeito.

Quantas vezes nos pegamos educando os filhos dos vizinhos em pensamento, ou reprovando as deficiências de um companheiro de trabalho?

Mas essas são distrações que nos afastam do caminho de aperfeiçoamento pessoal, uma das principais finalidades da reencarnação.

O Espiritismo esclarece que “amar a si mesmo” é um instrumento para o autoconhecimento.

Cada mensagem, cada ensinamento trazido pelo Espiritismo é um convite ao autoconhecimento, à transformação e à evolução espiritual.

Muitos Espíritos, em suas mensagens, frequentemente enfatizam a importância da caridade. Mas existe um tipo de caridade que se aplica a nós mesmos.

A caridade de olhar para dentro, de se autoavaliar e buscar se melhorar é também essencial.

Este é o preceito de “amar a si mesmo” para também “amar ao próximo”.

Afinal, quando nos conhecemos e nos compreendemos, também aplicamos esses atributos nas nossas relações.

E então, compreendendo o próximo, as suas dificuldades e a motivação de suas atitudes, podemos perdoar e amar de acordo com a orientação do Cristo.

Sempre que nos melhoramos também melhoramos o mundo.

A Doutrina Espírita, com suas mensagens de Espíritos elevados, nos convida constantemente a um mergulho interior, à prática do autoconhecimento, para que tenhamos um encontro sincero com as nossas virtudes e também com as nossas imperfeições.

Só assim poderemos, efetivamente, ser pessoas melhores e contribuir para um mundo melhor, começando por essa transformação em nós mesmos. 

Ao compreendermos e colocarmos em prática esses ensinamentos, não apenas aprimoramos a nossa alma para as jornadas futuras, mas também influenciamos positivamente aqueles que estão ao nosso redor.

E, ao fazer isso, realizamos a promessa de um mundo onde o entendimento sobre as questões mais profundas da existência nos guia a escolhas mais sábias e amorosas.

José Batista de Carvalho

Inspirado no texto abaixo de André Luiz, do livro “Caridade” – Autores diversos – Psicografia de Chico Xavier

Acordemos 

É sempre fácil examinar as consciências alheias,
identificar os erros do próximo,
opinar em questões que não nos dizem respeito,
indicar as fraquezas dos semelhantes,
educar os filhos dos vizinhos,
reprovar as deficiências dos companheiros,
corrigir os defeitos dos outros,
aconselhar o caminho reto a quem passa,
receitar paciência a quem sofre e
retificar as más qualidades de quem segue conosco… 

Mas enquanto nos distraímos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. 

Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior, relegados à treva… 

Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!… 

André Luiz

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