"Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e todo o universo. Se o que procuras não achares  primeiro dentro de ti mesmo, não acharás em lugar algum”. Este aforismo grego foi inscrito na  entrada do Templo de Apolo, em Delfos na Grécia antiga, muito conhecido e difundido por Sócrates  (século V a.C.).  

Qualquer processo de desenvolvimento pessoal e profissional deverá passar pelo autoconhecimento,  condição primordial para que um processo ganhe proporções e tenha validade, realizando assim  mudanças significativas na forma de como lidar com o meio, pessoas e situações desafiadoras que  exigem de nós energia e recursos. Quando não há compreensão sobre tais recursos, a queda em  armadilhas, conflitos e equívocos será inevitável. O resultado destas quedas são imprevisíveis.  Podemos destacar o desemprego, adoecimento, desequilíbrio comportamental, emocional, mental,  perda do rumo na vida profissional e pessoal, fracasso, arrependimento, como algumas das  consequências. 

Conhecer os deuses e o universo, seria uma forma de expressar o conhecimento sobre tudo ao nosso  redor. Parece bem desafiador compreender melhor o que nos rodeia passando pela necessidade de  conhecer e perceber a si mesmo, não é mesmo? 

Imagine um peixe, ele não tem conhecimento da água na qual ele está mergulhado, é nela que ele  vive, se alimenta e reproduz. Este peixe age segundo seus instintos e segundo o que pode perceber  no meio onde vive. Desta maneira preserva a própria vida e se reproduz, garantindo sua vida e a  continuidade da espécie. Como um peixe, vivemos mergulhados em um meio, formado por padrões  de pensamentos e sentimentos próprios. Agimos e reagimos ao mundo segundo nossas necessidades  provenientes de tais padrões. Se atentarmos aos nossos impulsos e desejos teremos algumas pistas  bem consistentes para poder compreender melhor sobre os conteúdos destes padrões.  

Olhar para si mesmo com o intuito de compreender melhor e ver o que precisa ser visto, é uma ação  que exige muita dedicação e intensa vontade de querer realmente ver. Esta capacidade pode ser  desenvolvida, não é natural. O resultado é compreender melhor como funcionamos no mundo e as  consequências do que fazemos em nossa existência.  

Para autoconhecimento, necessitamos de autopercepção em primeiro lugar. Sem a capacidade de  poder se perceber, não teremos a possibilidade de fazer qualquer tipo de mudança em nossa  existência. Nossos padrões de sentimentos e pensamentos, não são algo possíveis de perceber numa  rasa observação. Descobrir-se, conhecer-se, revelar-se são tarefas para fortes, para corajosos, para  realmente àqueles que estejam dispostos a enfrentar um mundo desconhecido, o si mesmo. Essas  ações levam a ir contra a corrente pois mexe com zona de conforto, com o que está estabelecido,  com o que é entendido como sendo o natural, o normal. Não tenha dúvidas de que isso vai 

incomodar. Conhecemos muito bem que se a dor de mudar for maior do que a dor de ficar onde  estamos, a mudança não será um opção. Mas, se a dor de ficar for maior do que a dor de mudar, não  tenha dúvidas de que a mudança será muito bem vinda. 

Para que você faz o que você faz? O que te motiva agir no mundo? Existe uma ligação com sua  essência ou existe a regência do meio externo, das aparências do mundo, do sistema onde está  imerso, das necessidades mais imediatas, das recompensas imediatas, do medo?  

Se existe algum sentimento negativo, alguma sensação que não constrói, desconforto, insegurança,  atitudes que sabemos que causam mais dificuldades do que ajuda, dúvidas sobre que caminho  seguir, são fatores que indicam a necessidade de mudança. Conhece-te a ti mesmo, é a saída de um  mundo que incomoda e a entrada em um mundo desejado e próspero. Entre eles, uma ponte que  precisa ser construída. Você tem disposição para isso? Me acompanhe, darei muitas dicas sobre  como passar por situações difíceis, serão componentes para que sua ponte seja bem alicerçada. 

Ricardo Seixas

Palestras e Mentoria em Projetos de Desenvolvimento Humano

www.fraternal.net.br

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