Você, eu e toda a humanidade, de encarnados e desencarnados, habitantes deste orbe e de outros pelo Universo, temos os mesmos objetivos, chegar à plenitude interior, termos consciência plenos sobre nós mesmos.

 

Se observarmos melhor as mensagens dos espíritos que desempenharam um papel de orientação para a humanidade, perceberemos que a mensagem é direcionada para cada um, para o íntimo de nosso ser.

 

De acordo com a forma de ver o mundo tão díspar e de acordo com a cultura de cada povo, as manifestações e ações focada na relação com o divino é revestida por características regionais e históricas.  Daí podermos reconhecer as grandes diferenças nas práticas, compreensão, explicação e entendimento do sagrado, do espiritual, do divino. Infelizmente, ainda temos uma forma ego centrada de ver e compreender o mundo ao nosso redor, não nos permite perceber que não existe um caminho apenas que nos ligue à Deus e à espiritualidade. Possuímos padrões de pensamentos que mostram a forma como vemos tudo ao nosso redor. Acreditamos ainda, por exemplo, no certo e errado, acreditamos nas dicotomias, sem percebermos que podemos evoluir através de uma compreensão mais madura sobre a vida e o que nos envolve no caminho desta jornada.

 

Dependendo da forma como vemos o mundo, de acordo com nível de consciência e por consequência de maturidade, podemos acreditar em certas ideias e conceitos que julgamos ser a forma coerente de viver e de explicar o que está ao nosso redor e em nosso caminho de vida. Envolvidos por uma forma de ver e pensar, que dizemos ser a realidade, caso algo contraponha este pensamento ou a forma que vemos, e pelo fato de não perceber o diferente, não conseguimos refletir e pensar no que contraponha a “verdade" aceita pelo conceito pessoal. Rechaçamos o que chega de diferente e nos prendemos ao conhecido e aceito como correto. 

 

Daí podemos compreender a forma brutal como alguns acontecimentos históricos ocorreram, quando se tentou impor uma determinada forma de viver e compreender a vida e as pessoas, que se contrapusessem aos costumes vigentes. A imposição de uma cultura, de uma "verdade" em detrimento de outra, acreditando ser o melhor, tendo justificativas racionais para dizer sobre estas `'verdades", não se justifica. O fato de ser parcial não permite chegar a uma forma de pensar que contemple o diferente. Vide na história as cruzadas, a santa inquisição, o nazismo, a chegada de Napoleão ao poder, a imposição de regimes totalitários e ditatoriais de esquerda e de direita, só para falar de alguns fatos entre milhares. Tudo que busca controlar pessoas, pensamentos e ideias, não permitindo a livre expressão, é uma forma de impor um modelo de pensamento, o resultado destes tipos de imposições é o sofrimento. 

Quem não consegue refletir ou debater, já parte para o confronto. Vemos bem esse tipo de comportamentos manifestados pelo mundo e em nosso país. 

 

O considerado aceito e verdadeiro, faz parte de uma forma de ver, não percebermos que é apenas uma forma e não a totalidade de como podemos compreender fatos, situações, pessoas, a vida e o mundo. Se nos fecharmos em uma forma de ver, podemos perder a oportunidade de aprender o diferente e compreender e abranger mais conhecimento e referenciais sobre minha visão de mundo, sobre mim mesmo e sobre a vida. Podemos perceber se estamos equivocados ou não. Para isso necessário se faz ter maturidade.

 

Teimamos em manter uma visão, mais por costume e comodismo, afinal tenho de ter uma opinião formada sobre tudo. Verdade? Seria isso mesmo? É muito comum ouvir que fulano com tantos anos já deveria saber o que quer para a vida. Acho graça pela tamanha expressão de imaturidade de incompreensão de quem fala ou acredita neste tipo de mensagem. Estamos aprendendo, somos alunos, temos muito o que aprender de nós mesmos, somos imaturos ainda. Nos equivocar pelo caminho faz parte de nosso processo. Claro que ter uma ideia melhor formada sobre si, sobre o caminho que deseja trilhar na vida, seria fantástico.  Mas se não tiver, não precisa se desesperar meu amigo, minha amiga, apenas compreenda seu caminho e seus desafios. Foi e está sendo assim. Sempre é tempo de construir, de reconstruir. Tudo é possível acontecer de bom e positivo. 

 

Se você aceitar ver alguns posicionamentos que vem fazendo ao longo do tempo, de uma forma diferente, poderá aprender muito sobre si e, quem sabe, compreender que cem por cento dos problemas gerados em teu caminho é oriundo de você mesmo, de sua forma de vibração emitida pelo teu campo de energia. Para muitos, essa notícia pode ser muito difícil de aceitar, mas é isso mesmo. Através das leis de afinidade, atraímos os afins e as experiências que nos enfiamos. Por esta forma de ver temos em nosso caminho tudo o que “precisamos”, ou por uma outra forma de falar, temos o que vibra na mesma frequência que emitimos.

 

As mudanças acontecem quando me saturo do que não serve mais. É através do que emito e atraio que posso saturar meu campo de experiências. O que me incomoda e considero não ser positivo, posso decidir mudar porque percebi a necessidade de mudança pessoal ou por não aguentar mais viver da forma que causa incômodos e sofrimento, esta forma revela a inconsciência que ainda temos sobre nós mesmos e sobre nossa forma de viver e ver o mundo. Não tem nenhuma entidade com uma prancheta na mão fazendo anotações sobre tudo o que acontece em tua vida ou que o que vai chegar para você. 

 

Somente assim, pela necessidade e pela saturação no sofrimento, poderemos perceber o que nos sucede e gerar o desejo de querer mudanças para a vida. Isso é o que se diz com muita frequência, “ou aprendemos pelo amor ou pela dor”.

 

Aprendemos pelo amor, significa ter consciência e desejar mudar. Aprender pela dor, significa que estamos ainda muito inconscientes de nós mesmos e atraímos situações que nos saturam o campo das experiências, através de solavancos, terremotos e tsunamis em nossas vidas. Isso de acordo com a intensidade que vibramos internamente. Como se fosse um tampão na fuça, pra ver se a gente acorda. 

 

Quanto maior o impacto do que nos chega, maior é a intensidade da vibração que atraímos para nossa vivência que permitirá o despertar. Quanto mais intensos formos, maior será a necessidade de experiências marcantes. Quando é assim, vibramos e emitimos energias que não possuímos consciência plena sobre o que fazemos. O sofrimento é diretamente proporcional ao nível de ignorância que temos. Ele nos ajuda a chegar a um ponto de saturação, ou melhor dizendo, de chegar a um ponto limite, no qual não aguentamos mais e queremos sair de qualquer forma.

 

Assim diz o ditado, “enquanto a dor de mudar for maior que a dor de ficar, não fazemos nenhuma mudança significativa”, desta forma podemos compreender melhor o motivo da dor em nosso nível ainda muito baixo de consciência. Precisamos da dor para acordar. Não é por isso que você agora vai em busca da dor ou da flagelação, para poder despertar, não funciona. Já basta o que você vive, seus enfrentamentos, suas necessidades de superação, principalmente sobre o que te incomoda e sabes já o que gostaria de poder mudar em tuas atitudes. Se ocupe de si mesmo nesse momento, dedique-se a crescer em compreensão e entendimento, verás com o tempo que teus investimentos sobre você surtiram frutos bons, trazendo consequências de atitudes mais conscientes sobre teu caminho.

 

O mundo no qual vivemos é o que vibramos e temos nossa frequência associada, justamente por isso que vivemos o que vivemos. Redundância que explica bem a situação. 

 

Aprenda mais sobre como você vive, o que te atrai, o que chega para ti, o que está presente em tuas experiências, como sua vida é, poderás a partir daí ter uma visão mais ampla de tuas próprias necessidades de mudanças e tomada de consciência. Esse é o caminho que liberta. Abrir os olhos para si mesmo, propiciará a libertação de muitas amarras. Os campos de energia negativos serão desmantelados a partir desta mudança, simples e complexa ao mesmo tempo. 

 

Despertar para um novo patamar de consciência exige trabalho e dedicação, principalmente aprendizado. Dificilmente poderemos trilhar um caminho desconhecido e não identificado ainda pela nossa forma de ver. Procure quem possa te orientar com maturidade e segurança, principalmente por quem deve conhecer o caminho que ainda não podes perceber. Atente para que você não compre a ideia de mundo de quem ainda não conseguiu entender em si mesmo o que significa viver, respeitar e compreender as diferenças. 

 

Ricardo Seixas

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