Uma mensagem simples de entender e, muito provavelmente, difícil de ser vivida é a deixada por Paulo, direcionada a Timóteo 6:7, diz ele: “porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele". 


Você pode dizer que já sabe. Que ótimo que já sabe, pois, agora só falta colocar em prática e isso significa viver o desapego das posses. Quando falamos de posse, não precisamos ficar somente nas questões de ordem material. Compreendemos a “posse" relacionada a tudo que acreditamos ser “meu”. Incrivelmente, precisamos de muitos aprendizados ao longo de vidas sucessivas para podermos aprender a noção do que isso significa. 


Aparentemente simples o entendimento, mas complexo, na prática. Podemos ter apego ao corpo, casa, carro, esposa, marido, filhos, pais, amigos, religião, país, beleza, poder, momentos vividos importantes e muitas outras coisas. Você já pensou que nesta lista nunca entraria o apego ao planeta Terra? Experimente pedir para uma pessoa conhecida uma lista do que ela suporia ter apego e teria dificuldade de deixar no momento da desencarnação. Quase impossível de estar em nossa própria lista também o item planeta Terra. Estamos mergulhados na frequência deste planeta que nem nos damos conta disso. O peixe também teria dificuldades de dizer que estaria apegado a água, caso pudesse dizer alguma coisa e pudesse também processar esse tipo de informação. Mesmo que pudesse, não perceberia esse vínculo, assim como nós não percebemos o vínculo que temos com a Terra. Não podemos ver essa ligação por estarmos mergulhados neste lugar, neste planeta, voltados para os interesses pessoais, cujas referências estão diretamente ligadas ao mundo como se apresenta. 


Outro item que não entraria numa lista de apegos estaria ligado as dores, mágoas, frustrações, que geralmente nos vinculamos emocionalmente e não conseguimos desgrudar ou mudar de perspectiva, fazendo com que estes momentos mais difíceis se transformem perenes em nossa vida, como se o pesadelo nos trouxesse para a mesma realidade dolorosa sempre e sem tréguas. 


Amadurecer sobre a compreensão desse assunto se faz oportuno. O que a grande maioria das pessoas não sabe é que as vibrações emitidas por nós, são as que determinam as ligações com tudo que está ao nosso redor, como os relacionamentos, situações que nos chegam, criando e transformando a vida como se apresenta no momento presente. Quando estivermos novamente de retorno ao mundo espiritual, entraremos num patamar de vida onde as vibrações se tornam muito mais evidenciadas. Estaremos ligados nas regiões onde nossa vibração pessoal se adequa. 

As entidades que são direcionadas para o umbral, não são levadas pelos espíritos, são atraídas, já vivem na mesma frequência. O que determina a frequência no umbral são as ligações ainda não trabalhadas e bem vivenciadas sobre a relação como o mundo material, os nossos apegos. Por isso, é uma região de sofrimento e dificuldades. Podemos ter uma noção, com os relatos de André Luís, no livro Nosso Lar, psicografado por Francisco Cândido Xavier, sobre como é essa região na espiritualidade. Assim como os relatos de Dante Alighieri, escritos no século XIV, no livro La Divina Commedia, relatando a trajetória da alma, claro que numa perspectiva católica, descrevendo, segundo ele, a visão do inferno, do paraíso e do purgatório. Estes relatos servem para abrir a mente do que podemos trabalhar num contexto de tornarmo-nos conscientes sobre nós, ênfase nas atitudes, pensamentos e na vida como se apresenta e, a partir daí, trabalharmos para realizar mudanças que acharmos serem viáveis e necessárias para termos paz e harmonia na caminhada desta existência. 


Perceba o apego que você pode ter neste momento, com o que te liga a determinadas situações que talvez tenha dificuldades de lidar. Seja mais consciente sobre você e trabalhe com determinação para poder superar o que não ajuda no caminho da existência. Na desencarnação ninguém irá pedir o seu crachá de religioso, de suas atividades sociais, das palestras que fez, de quantas entidades você ajudou a socorrer, ou de quantas roupas doou, quanto de comida distribuiu, mas sim, emitiremos de nossa própria alma a frequência que vibramos e que nos ligará certamente com entidades e localidades afins. Nossas conquistas pessoais, o que fizermos para mudar o que somos, esse esforço na empreitada material é o que importa para nós mesmos. 


Faça tudo que estiver fazendo, mas de tudo que faz, te ajuda a ser melhor e te modifica, contribuindo para mudanças de ordem pessoal?



Ricardo Seixas

@ricardosxs.mentoria

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