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Sete de setembro. Feriado nacional. Dia da Independência do Brasil. Por todo o país se fazem presentes as comemorações. São desfiles militares, escolares, civis. Discursos, bandas, orquestras.            Evoca-se 1822, em verso e prosa. Enaltece-se Dom Pedro I como o Libertador. Desde a sua audaciosa desobediência às determinações da metrópole portuguesa, não regressando a Portugal, estava proclamada a Independência do Brasil. O príncipe tinha suas noites povoadas de sonhos de amor à liberdade. Desenvolvia no Espírito as noções da solidariedade humana. Não representava o tipo ideal necessário à realização dos projetos espirituais, mas era voluntarioso. E ele era a autoridade. Os patriotas já não pensavam noutra coisa que não fosse a organização política do Brasil. A imprensa da época concentrava as energias nacionais para a suprema afirmação da liberdade da pátria. As pessoas viviam a expectativa. Todos os corações aguardavam. Então, no retorno da sua viagem a São Paulo, um correio leva ao conhecimento de Dom Pedro as novas imposições das cortes de Lisboa. Ali mesmo, nas margens do Ipiranga, ele deixa escapar o grito: Independência ou Morte! Sem suspeitar, Dom Pedro era dócil instrumento de um emissário divino, que velava pela grandeza da pátria. Consumou-se o fato e, logo, os versos do Hino da Independência eram cantados: Já podeis da pátria filhos, ver contente a mãe gentil. Já raiou a liberdade, no horizonte do Brasil. A Independência do Brasil foi fruto do intenso trabalho das hostes espirituais junto aos homens. Muitos homens deram a vida por este ideal. Olhamos o nosso imenso país, um gigante geográfico e nos indagamos: Somos realmente livres? A verdadeira independência é moral. Enquanto prosseguem vigentes o jeitinho brasileiro e a Lei de Gerson não seremos livres. Quando assumirmos nosso papel de homens dignos, corretos, fiéis aos nobres ideais, seremos livres. Quando o estandarte da solidariedade e da tolerância se implantar em nossos corações, a nossa bandeira verde e amarela tremulará mais bela. Quando estendermos os braços para o bem da comunidade, as estrelas do pano pátrio brilharão com maior intensidade. Quando a ordem e a disciplina se instalarem nas ações de todos nós, o branco do pavilhão nacional terá alcançado o verdadeiro sentido: a paz. Para que o progresso real se instale, é necessário que as individualidades cresçam. A soma das conquistas pessoais resultará no crescimento coletivo. Hoje é um excelente dia para se propor a trabalhar pelo nosso gigante. Dizem que está adormecido, mas só porque os seus filhos dormem. A mãe gentil que nos recebe nesta etapa da vida no planeta merece-nos o esforço. Se quisermos, e só se quisermos, poderemos tornar verdadeira, desde agora a assertiva espiritual: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Coração que pulsa, que ama, que não relega ao abandono os seus filhos. E tanto quanto pode, recebe e ampara os filhos de outros solos. Pátria do Evangelho que irradia o bem, que serve de modelo, que luta pela justiça, pela verdade. Independência moral. Crescimento real. Vamos todos começar neste dia a lutar por tais objetivos? *   *   * Você sabia que Tiradentes, morto em 1792, continuou após a sua morte, a trabalhar pela Independência do Brasil? Ele estava com o Príncipe Regente Dom Pedro no grito do Ipiranga. Isso demonstra que os Espíritos, mesmo abandonando a carne, prosseguem nos ideais abraçados. Os Espíritos, como os homens, amam o torrão que lhes serviu de berço, se interessam pelas coletividades, trabalham pelo bem geral. Redação do Momento Espírita, com base nos cap. 18 e 19,  do livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier,  ed. FEB. Disponível no livro Momento Espírita, v. 6 e CD Momento Espírita, v. 33, ed. FEP. Em 29.8.201
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