Aquilo incomodava Ben cada vez que passava pela cozinha. Era a pequena caixa de metal em cima do fogão de Martha. Ela continha uma receita secreta da sua mãe.

A caixa não tinha nada de especial. Era tão velha que a maior parte do vermelho e dourado das suas flores originais havia desbotado. Podia-se dizer exatamente onde ela havia sido pega tantas vezes.

Não eram somente os dedos de Martha que haviam encostado ali. Também os dedos da sua mãe e da sua avó. Martha não tinha certeza, mas achava que talvez até mesmo sua bisavó tivesse usado a caixa e seu ingrediente especial.

Tudo que Ben sabia era que, pouco depois de ter casado, Martha recebera a caixa da mãe, que lhe dissera para usar o conteúdo da mesma forma que ela o havia usado.

E ela o usou, fielmente. Ben nunca viu Martha preparar um prato sem tirar a caixa da prateleira e colocar uma pitada do ingrediente secreto na receita.

O que quer que houvesse na caixa, com certeza funcionava, pois Ben achava que Martha era a melhor cozinheira do mundo. Não era o único a ter essa opinião. Qualquer um que comesse em sua casa elogiava muito a comida de Martha.

De alguma maneira, Martha tinha conseguido fazer o conteúdo da caixa render durante os trinta anos de casamento. Nunca deixara de produzir resultados de dar água na boca.

Ben ficava cada vez mais tentado a olhar no interior da caixa, mas nunca chegou a fazê-lo.

Até que um dia, enquanto andava pela cozinha, viu a caixa na prateleira. Ela atraía seus olhos como um imã. Decidiu verificar o que havia lá dentro. Tinha certeza que Martha não se incomodaria.

Colocou a caixa no balcão e tirou cuidadosamente a tampa. Estava quase com medo de olhar. Quando viu o interior da caixa, seus olhos se arregalaram. Encontrou apenas um pedacinho de papel dobrado no fundo.

Pegou o papel e desdobrou-o cuidadosamente sob a luz da cozinha. Um bilhete curto estava rabiscado e Ben imediatamente reconheceu a letra como sendo a da mãe de Martha.

De maneira simples dizia: Martha, em tudo o que fizer, acrescente uma pitada de amor. Ben agora entendia por que tudo que Martha fazia tinha um sabor tão especial.


Não há como negar ser o amor a realidade mais pujante da vida. Irradia-se de Deus e vitaliza o Universo, mantendo as leis que produzem o equilíbrio.

Todos os homens e mulheres que edificaram os ideais da felicidade humana fundamentaram o seu pensamento no amor pleno e incondicional.

Transcendendo definições, o amor é vida exuberante. É a razão básica da manifestação do ser que pensa e sente.

Jesus sintetizou todo o código da sua Doutrina no amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.

Assim, o amor deve ser causa, meio e fim para o comportamento humano feliz, que desperta com anseios de plenitude.

Amar é o grande desafio.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. O ingrediente secreto de Martha, de Dot Abraham, do livro Histórias para aquecer o coração

Deixe seu Comentário


Laudijane Cabral - 10/10/2021 09h34
Amar sempre 💞💞💞 mesmo que seus pés esteja sangrando .O amor cura acalma o sorriso vem encherga com gratidão tudo e mais um pouco.