“Paz seja convosco”. – Jesus. (João, 20:19.)
Rujam tempestades em torno de teu caminho, tranquiliza o coração e segue em paz na direção do bem.
Não carregues no pensamento o peso morto da aflição inútil.
Refugia-te na cidadela interior do dever retamente cumprido e entrega à Sabedoria Divina a ansiedade que te procura, à feição de labareda invisível.
Se alguém te recusa, aquieta-te e ora em favor dos irmãos desorientados e infelizes.
Se alguma circunstância te contraria, asserena tua alma e espera que os acontecimentos te favoreçam.
Lembra-te de que és chamado a viver um só dia de cada vez, sempre que o Sol se levante.
E por mais amplas se te façam as possibilidades, tornarás uma só refeição e vestirás um só traje de cada vez nas tarefas de cada dia.
Embora te atormentes pela claridade diurna, a alvorada não brilhará antes da hora prevista, e embora te interesses pelo fruto de determinada árvore, não chegarás a colhê-la, antes do justo momento.
A pretexto, porém, de garantir a própria serenidade, não te demores na inércia.
Mentaliza o bem e prossegue na construção do melhor, como quem sabe que a colheita farta pede terra abençoada pela charrua.
Sejam quais forem as tuas dificuldades, lembra-te de que a paz é a segurança da vida.
Não nos esqueçamos de que, na hora da Manjedoura, as vozes celestiais, após o louvor aos Céus, expressaram votos de paz à Terra e, depois da ressurreição, voltando, gloriosamente, ao convívio das criaturas, antes de qualquer plano de trabalho disse Jesus aos discípulos espantados:
– “A paz seja convosco”.
(XAVIER, Francisco Cândido. Palavras de vida eterna. Pelo Espírito Emmanuel. Brasília: FEB, cap. 47)
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Assim seja.