Os dias passam numa enorme velocidade e as pessoas dizem: “parece que foi ontem!” Essa sensação é generalizada e quase todos se referem à falta de tempo, afirmando que as horas não são suficientes para tanto a ser feito. É verdade! Não que os relógios tenham enlouquecido acelerando os ponteiros, mas porque a Humanidade vive um período de grandes transformações que exigem, cada vez mais, participação consciente e dedicação para dar conta dos compromissos assumidos.
Estamos em tempos de grandes desafios trazidos pelo desenvolvimento do pensamento, em todas as áreas do conhecimento, com avanço extraordinário das tecnologias. Mas é também um tempo de grandes reflexões sobre o papel o homem no processo de transição do querido Planeta Terra. Nesse redemoinho de informações que nem sempre conseguem ser processadas adequadamente, vive o homem numa sofreguidão, cumprindo compromissos profissionais e sociais, sem se dar o merecido tempo para refletir e analisar sua posição de “ser inteligente do Universo”, como afirmam os Espíritos Superiores a Kardec. 1
Assim como S. Agostinho fazia a cada noite: “perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar” 2, que ao final de cada ano haja uma pausa ensejando a avaliação do que foi realizado, o que pode ser aproveitado e o que se deve descartar – desde roupas e objetos a pensamentos e sentimentos inúteis para o progresso espiritual, como as mágoas.
É importante celebrar o novo ano que representa um novo ciclo de vida caracterizado pela oportunidade de renovação, de novos caminhos que levem ao progresso individual e coletivo, trabalhando-se, essencialmente, a conquista de sentimentos elevados, de valores éticos e morais, na busca, afinal, da felicidade aqui na Terra, ainda que relativa.
Ano Novo é um Novo Dia de reencarnação na Terra, um novo ciclo da Vida, proporcionando oportunidades generosas de Deus para que cada criatura busque a alegria de viver e de servir, neste período significativo da Humanidade, de transição para um mundo melhor, mais justo e mais feliz. E, como a cada ano que passa, a Terra fica mais próxima desse mundo de Regeneração a ser alcançado, que um dia se possa dizer: Feliz Mundo Novo!
1, 2 O Livro dos Espíritos, Q. 23 e 919-a
Zaira Machado