Ia chegar à Terra o sublime mensageiro. Sua lição de verdade e de luz ia espalhar-se pelo mundo inteiro, como chuva de bênçãos magníficas e confortadoras.
A Humanidade vivia, então, o século da Boa Nova. Era a “festa do noivado” a que Jesus se referiu no Seu ensinamento imortal.
Depois dessa festa dos corações, como um roteiro indestrutível para a concórdia dos homens, ficaria o Evangelho como o livro mais formoso do mundo, constituindo a mensagem permanente do céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra; o mapa das abençoadas altitudes espirituais, o guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria.
E, para que essas características se conservassem entre os homens, como expressão de Sua sábia vontade, Jesus recomendou aos Seus apóstolos que iniciassem o Seu glorioso testamento com os hinos e os perfumes da natureza, sob a claridade maravilhosa de uma estrela a guiar reis e pastores para a manjedoura rústica, onde se entoavam as primeiras notas de Seu cântico de amor; e que o terminassem com a luminosa visão da Humanidade futura, na posse das bênçãos de redenção.
É por esse motivo que o Evangelho de Jesus, sendo o livro do amor e da alegria, começa com a descrição da gloriosa noite de Natal e termina com a profunda visão da Jerusalém libertada, nas divinas profecias do Apocalipse do evangelista João.
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Tudo precisa se renovar. O Universo é feito de ciclos. Nada permanece na mesma situação eternamente. Nada nem ninguém. Tudo e todos estão em movimento.
Da mesma forma que, para o olhar ingênuo, as estrelas parecem estar fixas no céu imenso, a evolução humana pode parecer estática aos olhares menos atentos.
Mas, tudo está em constante revolução. O cosmo e todos nós que somos seus habitantes milenares.
O nascimento de Jesus na face da Terra e, mais tarde, a projeção do Apocalipse, sinalizam início e fim de ciclos. Depois deles tudo continua a existir, porém, de forma diferente.
Assim, cada final de ano precisa ser marcado como um fim e um novo começo.
Não podemos ser os mesmos. O mundo não é mais o mesmo. O Universo mudou.
São novos tempos e nós, como Espíritos imortais, precisamos abraçar a ideia de renovação, sem medo e sem preguiça.
Quem fomos até agora? Que aprendemos até hoje? Quais as nossas maiores vitórias? E quais as derrotas?
As derrotas nos ensinam a conhecer o que precisamos melhorar. Derrota não é sinal de tempo perdido, nem de fraqueza ou tristeza.
Apenas o mau perdedor pensa dessa forma.
As vitórias, por sua vez, são o combustível para a continuidade. São a força, o estímulo que nos permite jamais desistir.
Que desejamos ser a partir de agora? Que desejamos aprender a partir do ponto em que nos encontramos?
O que vamos vencer dessa vez?
Lancemos claridade sobre nossa própria vida. Sempre há tempo de mudar, de renascer, de refazer caminhos.
Cada existência corporal é um grande ciclo repleto de outros pequenos e importantes ciclos dentro dele.
Claridade e renovação – seja esta nossa bandeira de vida!
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1,
do livro Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.