Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
“Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono, os laços que o unem ao corpo estão relaxados e, como o corpo não está necessitando dele, ele percorre o Espaço e entra em relação mais direta com os outros espíritos.” Livro dos Espíritos.

O que diz a Ciência:


O sono não apresenta grandes novidades ao longo da história. É o sonho que tem mais relevância. 

Na antiguidade, as profecias e a mitologia dão-lhe guarida. Há diversos relatos bíblicos acerca do sonho: a proibição de Moisés de se consultar as pitonisas, supostas interpretadoras dos sonhos; a interpretação do sonho do Faraó feita por José, em que fala das vacas magras e das vacas gordas. 

Na Idade Média, o sonho era tido como algo demoníaco, merecedor de fogueira àqueles que o interpretavam.


Definir o que é um sonho não é tarefa fácil. Simplificando, é aquilo que você vê e escuta enquanto dorme. 


No livro "A Interpretação dos Sonhos", o criador da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), argumentou que os sonhos são mensagens do inconsciente sobre os desejos reprimidos. 

Já Carl Jung (1875-1961), colega de Freud que contestou muitas de suas ideias, sugeriu que os sonhos tinham uma finalidade: seriam uma tentativa da própria consciência para regular e compensar situações vividas.


O sono e o sonho, embora tenham sido exaustivamente estudados pela Ciência, ainda não se encontrou uma definição. Do ponto de vista físico não se sabe o que leva uma pessoa a adormecer. Ainda não foi descoberta nenhuma substância no sangue ou no cérebro criada ou revigorada durante aquele espaço de tempo. 


O sono tem na ciência o estudo das células corticais que apresentam dois tipos de atividade: o que equivale aos estados de excitação, caracterizado por grande gasto de energia, e o que se define como pensamento inibitório, destinado, basicamente, à reconstituição e reparação da célula. A generalização dos processos inibitórios responde pela instalação do sono. 


Colocando-se eletrodos na cabeça, observou-se:

a) a pessoa acordada emite ondas curtas e rápidas.

b) a pessoa dormindo passa por cinco fases:

1.ª) ondas curtas e longas;

2.ª) ondas curtas e longas, distintas de 1;

3.ª) ondas curtas e longas, distintas de 2;

4.ª) ondas curtas e longas, distintas de 3;

5.ª) de repente as ondas passam a ser curtas e rápidas (igual às ondas da pessoa acordada).

Essas fases realizam-se em aproximadamente 90 minutos. 

Na 5.ª fase, ou seja, nos 20 minutos finais, surge o chamado sono REM, do inglês Rapid Eyes Moviment (Movimento Rápido dos Olhos) – momento em que se dão os sonhos.


Para Freud os sonhos são expressões disfarçadas de processos psíquicos inconscientes, profundos e extremamente significativos; revelações diretas, mas veladas, de desejos insatisfeitos. Acrescenta que, se os nossos conflitos não encontram solução, encerram-se no subconsciente e convertem-se em complexos. Uma censura, o superego, impede que regressem à consciência. No entanto, podem se manifestar em forma de sonhos, neuroses etc.    

Para um estudioso chamado Adler, no sonho, o inconsciente trabalha, combina e modela os dados provindos do plano consciente e que este já tenha olvidado. No sono a atividade psíquica passa-se fora da personalidade consciente; pode, pois, representar a realização de um desejo insatisfeito, a resolução de uma questão etc., servindo-se para isso dos elementos afetivos do inconsciente.


O que diz o Espiritismo:

Em tese morremos todas as noites.


No Espiritismo é visto como um estado de emancipação parcial da alma, ocasião em que se aguçam as nossas percepções. Evasão da alma da prisão do corpo. Desprendimento do Espírito no espaço, onde se encontra com outros Espíritos, antigos conhecidos.


O sonho é um processo visto pela ciência como algo intenso que corresponde aos estados paradoxais do sono, isto é, àqueles momentos durante os quais os registros eletroencefalográficos se aproximam dos que se caracterizam pelo estado de vigília. Geralmente é a parte lembrada da sucessão de imagens ou ideias fantásticas e associações, apresentadas de maneira provavelmente contínua à mente durante o sono. 


O Espiritismo já entende o sonho como a lembrança do que o Espírito viu durante o sono, excluindo-se os sonhos resultado de atividades diárias e dos que são resultado da nossa psique. Tirando o resultado das atividades diárias e da nossa psique, temos no sonho a liberdade do Espírito. Efeito da emancipação da alma, que mais independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. 


Allan kardec diz que o sono e os sonhos são como fenômenos de emancipação da alma. Eles são indicativos de que o Espírito encarnado nunca está inativo, ainda que mantido ligado ao corpo físico pelo perispírito.

 

Durante o sono, apenas o corpo repousa, pois o espírito não dorme. Aproveita-se do repouso do corpo e dos momentos em que a sua presença não é necessária para atuar. Então o espírito parte para onde quiser. Desta forma, aproveitando da liberdade e da plenitude das suas faculdades.

Para o Espiritismo, o inconsciente freudiano é o subconsciente, definido pelo Espírito André Luís, como a sede dos hábitos e dos automatismos.

O sonho se constitui das experiências que o Espírito vive no sono.

Divide-se em:

  1.  É o pensamento sobre si mesmo; o reflexo daquilo que se vivenciou durante o dia. Exemplo: se, depois de assistirmos a um filme de terror, fomos dormir, poderemos sonhar com algumas dessas imagens. Alimentação pesada etc.

  2. Sonho do nosso passado ou material psíquico guardado dentro de nós. 

  3. É o pensamento entrando em contato com pessoas e coisas do mundo espiritual.



Pelo sono, os espíritos imperfeitos buscam os seus afins, a eles se integrando.

Os espíritos vão, enquanto dormem, ou a mundos inferiores à Terra, onde os chamam velhas afeições. Também vão em busca de prazeres talvez ainda mais baixos do que os que têm aqui; vão beber doutrinas ainda mais vil, mais desprezíveis, mais nocivas do que as que professam entre vós. E o que gera a simpatia na Terra não é outra coisa senão o fato de sentir-se o homem, ao despertar, ligado pelo coração àqueles com quem acaba de passar oito ou nove horas de felicidade ou de prazer.

O que também explica essas antipatias invencíveis é o fato de sentirmos intimamente que essas pessoas têm uma consciência diversa da nossa, porque as conhecemos sem nunca as termos visto com os olhos. É também o que explica a indiferença de muitos homens, que não procuram conquistar novos amigos, por saberem que há outros que os amam e os querem. Numa palavra: o sono influencia mais do que pensais na vossa vida.

O Espírito André Luiz, no capítulo 38 de Os Mensageiros, anota as observações do orientador espiritual a respeito das instruções que os Espíritos transmitem aos encarnados, quando estão desprendidos parcialmente do corpo (sonho). E, o que mais lhe causava estranheza, era o estado em que eles, aí, se apresentavam: a grande maioria sem entenderem o que se passava, poucos lúcidos “... revelando boa vontade na recepção dos conselhos, mas grande incapacidade de retenção”.


O Espírito André Luiz, no capítulo 8 de os Missionários da Luz, esclarece-nos que durante o sono, o desprendimento não somente nos conduz aos locais de nossos interesses, no convívio de Espíritos afins, mas também a tarefas de estudo e esclarecimento. Fala-nos do Centro de Estudos para encarnados, com um número superior a trezentos associados; no entanto, apenas 32 conseguem romper as teias inferiores das mais baixas sensações fisiológicas, para assimilarem as lições dos benfeitores espirituais. 


Saímos do corpo para encontrar aqueles ao qual somos sintonizados, sejam bons ou não.


Se ao deitar, tivermos o hábito de ler, em voz normal, o Evangelho Segundo o Espiritismo, ficaremos mais calmos e, acalmaremos também, os Espíritos menos felizes que nos acompanham; aqueles que querem nos prejudicar durante o sono.


Quando dormimos, nos encontramos, momentaneamente, no estado que estaremos de maneira permanente depois da morte. Saibamos, pois, morrer todos os dias, preparando-nos eficazmente para receber as orientações dos nossos mentores espirituais.


Sonhos premonitórios: não significa que vai acontecer...


Assim precisamos do sono, para recompor nossas condições físicas e psíquicas.


Os sonhos são consequência das atividades durante o sono, seja, inconsciente em atividades, ou seja, viagens astrais que realizamos.


Para se ter uma interpretação correta dos sonhos, é necessário primeiramente uma análise psicológica ou psiquiátrica dele, e em segundo lugar uma análise fria, objetiva para verificar se é uma viagem astral e entender sem fantasias o seu significado.


Orar antes de dormir, ajuda a ter um sono melhor e, também, sonhos melhores.


Alimentação leve também ajuda aos espíritos se desprender do corpo numa possível viagem astral.


Importante é que a atividade espiritual nunca para.


Wagner Ideali

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Mirna Buhnemann - 13/02/2022 13h50
Tenho muita curiosidade a respeito dos sonhos, já li e ouvi muito sobre eles más até nada me esclareceu muito. tenho sonhos muito confusos não são pesadelos, as vezes sonho com pessoas e lugares que ao acordar me parece tão real e sinto as vezes ainda o calor da pessoa por um instante.
Mirna Buhnemann - 13/02/2022 13h50
Tenho muita curiosidade a respeito dos sonhos, já li e ouvi muito sobre eles más até nada me esclareceu muito. tenho sonhos muito confusos não são pesadelos, as vezes sonho com pessoas e lugares que ao acordar me parece tão real e sinto as vezes ainda o calor da pessoa por um instante.