Para que possamos nascer/renascer é necessário o relacionamento entre duas pessoas com carga genética masculina e carga genética feminina; sendo que para que esta carga se conclua, o que pode ser in vitro, mas para desenvolvimento é necessário o útero materno. Estas afirmações podem gerar várias polêmicas, o que neste momento não seria o cerne da questão.

O contato com a figura materna tem início logo após a fecundação. O corpo na mulher parte para um processo de mudança e adequação para o recebimento de um ser ou mais de um – fenômeno este muito comum na atualidade. E a mulher passa por transformações gigantescas, físicas e principalmente emocionais. Sentidos com certeza pelo feto – principalmente no quesito emocional. 

A figura materna traz à criança aprendizagens que a figura masculina, devido a sua natureza, não consegue passar. As grandes  diferenças são fundamentalmente determinadas pela estrutura da relação entre eles – de forma visceral de fato. Como função necessária para a estruturação e desenvolvimento do psiquismo da criança. Esta não precisa ser necessariamente exercida pela mãe real, podendo também ser exercida pelo pai, pela avó, tia, babá, entre outros, porém no cotidiano a ausência da figura materna de fato causa situações individuais que merecem atenção e que rodeiam essas crianças desde tenra infância. 

O grau de cumplicidade afetiva entre o bebê e a mãe se solidifica já no primeiro contato ao sair do ventre. Na amamentação, inicia-se o processo de exercício da afetividade, cuidado e aconchego. O convívio com a figura feminina traz o equilíbrio dos afetos e das relações afetivas. 

As ausências da figura materna não devera ser recompensadas por bens materiais como forma de minimizar a culpa pela ausência. Podem vir a sinalizar que toda carência afetiva, presenças, zelo e atenção podem ser substituídos por bens materiais, gerando falsa sensação de realização.

A figura materna presente terá filhos cuidadosos com a própria saúde física e mental, aprendendo  a valorizar e se auto-valorizar, conseguindo  amar e se permitir serem amados.

Até breve – saúde, paz, amor e harmonia.


Antonietta Domine

Deixe seu Comentário