A alguns anos atrás, o Espírito de Humberto de Campos, pela psicografia de nosso querido Chico Xavier, nos entregou um recado através de um livro sobre o que a Espiritualidade Superior espera do nosso querido Brasil.
Ao ler essa obra, verificamos que o Brasil tem pela frente uma missão maravilhosa, mas precisamos nos preparar para tal missão. Sabemos que, desde a muito tempo, outras nações receberam incumbência de grande relevância também no aspecto da mudança mundial.
Nós podemos citar, a muito tempo atrás, a antiga Grécia, o Egito antigo, Roma na época de nosso querido Mestre Jesus, e porque não falar também de Israel, o povo mais preparado na época para entender o ensino do Mestre, onde todos tinham condições de oferecer para o restante do planeta sua contribuição para um mundo melhor, mas como sempre, o que vimos foram guerras onde, a maioria das vezes, tínhamos o forte procurando oprimir o fraco.
Na idade média vamos ver a Espanha, Portugal e a Inglaterra, para não ficar discorrendo em outros países importantes para o desenvolvimento espiritual do mundo ocidental que não aproveitaram a oportunidade de dar sua ajuda profunda para alavancar o progresso espiritual do planeta. As lutas entre católicos e protestantes serviram não para decidir quem está com a razão, mas sim para aumentar a intolerância entre as religiões.
Na parte oriental do planeta, vamos ver a China, a Índia e até mesmo o Japão com condições para dar uma revolução de amor, paz, entendimento, ajuda e conhecimento espiritual para os países menores a mais problemáticos, devido aos conhecimentos avançados existentes em suas religiões. Mas, infelizmente, não foi isso que a História mostra, mas sim, sempre verificamos a busca pela dominação do forte sobre fraco.
A poucos anos atrás e até mesmo atualmente podemos citar os EUA, a França e a Alemanha como símbolos de países preparados para uma possível renovação no planeta, dentro do aspecto moral, espiritual e até mesmo material, colaborando para uma evolução do planeta como um todo. Novamente não é isso que observamos no dia a dia, mas sempre aquela posição do forte oprimindo o mais fraco, e a paz e o amor ensinado pelo nosso Mestre Jesus, sempre ficando para segundo plano.
Nosso objetivo nessa análise é nos determos no nosso querido Brasil.
Enfim, qual o papel do nosso Brasil frente a isso tudo? Qual o nosso papel como espíritas para com o nosso País?
O que podemos ver é que existe muito a ser feito, ou melhor dizendo, tudo a ser feito dentro de uma visão espiritual mais profunda. O mundo ainda está engatinhando dentro de comportamentos e atitudes espiritualmente elevadas. A busca pela verdadeira Paz, entendimento entre os povos e a união de todos ainda está dentro do coração de poucas pessoas.
O nosso país, para ser “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, precisa se preparar, modificar suas atitudes, pegar os bons exemplos que vêm de fora, eliminar os nossos maus exemplos, bem como os maus exemplos que vêm de fora, juntar tudo isso e começar a realizar todas as mudanças necessárias, mudanças essas que a Espiritualidade maior espera de todos nós.
Algumas perguntas que fica no ar:
Quando será implantada a Pátria do Evangelho no Brasil?
Os prepostos de Ismael (O guia espiritual do Brasil) trabalham incansavelmente para elevar nosso País a essa condição maior, mas o que nós estamos fazendo para ajudar nesse processo?
Reclamar dos políticos não resolve. Temos uma ferramenta, que são as urnas. As urnas podem não ser a melhor solução mas, no momento, é a melhor que nós temos. Podemos ver também que é uma solução a longo prazo, e claro melhor ainda, uma solução pacífica.
A revolta com a luta armada é uma prática que já se mostrou inadequada, pois caem alguns aproveitadores para subirem outros aproveitadores e oportunistas ao poder. A nossa reforma íntima continua sendo uma grande contribuição. Nós Espíritas sabemos disso, e devemos persistir nesse trabalho, pois podemos ser exemplo para outros. Vejamos o nosso querido Chico Xavier, um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Ele nos ofereceu além das suas psicografias, livros, trabalho ao próximo e os belos exemplos que vão ficar por muito tempo para nossa reflexão.
Vamos cada um de nós, espíritas, espiritualistas, agnósticos, religiosos e porque não dizer materialistas, mas todos, homens de bem, ajudar dentro de um processo maior de Paz, amor, trabalho, estudo e dedicação a uma Pátria melhor e mais justa.
Precisamos buscar os verdadeiros valores de fraternidade, solidariedade, união e Paz.
Temos muitas oportunidades para podermos aprender e exercitar um pouco dos nossos valores. Não os valores momentâneos de ganhar ou perder, mas valores mais profundos de lutas íntimas, constantes, para vencer as nossas dificuldades e nos aprimorarmos em todos os sentidos, tanto para nós individualmente como para o coletivo, a nossa nação. Mostrar a nós mesmos que cair e levantar faz parte da vida e que devemos lutar sempre e nos redescobrir a todo momento. Verificar onde estamos errando e pedir a Deus que nos ajude a vencer. Como disse nosso querido Divaldo ...” Seja qual for, porém, o resultado, deveremos aproveitar os júbilos que estamos experimentando para o jogo contínuo contra as más tendências, essas que predominam em nossa natureza animal, trabalhando os valores que dignificam, a fim de que nos sobreponhamos à violência, ao desrespeito aos direitos humanos, ao cumprimento dos deveres que nos convidam ao crescimento intelecto-moral, à legítima fraternidade e ao desenvolvimento político tanto quanto socioeconômico de toda a nação...”
Entre lágrimas e sorrisos, ir em busca das novas oportunidades, dos novos desafios que se apresentam, e seguir em frente. O passado foi feito para ficar no passado, o futuro ainda virá e o que importa é o agora.
Precisamos aproveitar as boas lições que os outros países nos mostraram, eliminar os exemplos que não nos fazem bem e nesse processo de separar o joio do trigo, seguir sempre aproveitando o que tem de melhor para nós e para o nosso País.
Não vamos fazer como os nossos antepassados em outros recantos de nosso planeta, que buscaram crescer suas nações com o único intuito de dominar, mas sim, fazer crescer o nosso país com o profundo desejo de unir. Travar a luta do bom combate para realizar a tão esperada evolução de cada um e criar um novo mundo de Paz, amor, trabalho e realmente poder ser chamado em breve de “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”.
Wagner Ideali