Ver o mundo não é uma coisa tão óbvia assim. O que você chama de realidade ou de obviedade, pode não ser a realidade tão óbvio para outras pessoas. A tua forma de ver é única, singular e talvez não consiga mostrar para o outro o que vê ou o que sente sobre a vida, sobre um determinado fato que demande um entendimento sobre o que se passa. Não há a possibilidade de ensinar a sentir. Podemos debater sobre ideias, podemos transmitir conteúdos e informações pela fala, sobre a forma como pensamos e vemos o mundo, mas como cada um registra tais informações não pode ser controlado.
Nossas decisões são tomadas mediante a forma como vemos o mundo, como vemos como as coisas devem ser, essas informações fazem parte de um conteúdo de conhecimento que temos em nossa bagagem pessoal, desenvolvidas a partir do momento que entramos nesta vivência material e pelos conteúdos que trazemos em nossa bagagem espiritual. Cada escolha tomada reverbera em torno de nós, criando ondulações no espaço tempo, que interferirão no futuro em outras decisões a serem tomadas.
Estamos presos na forma como vemos o mundo e na necessidade de controlar o que acontece fora, de maneira a manter o conhecido, o desejado e o esperado sob nosso alcance, de forma a não dar algo diferente do que espero, nossas expectativas sobre o futuro se mostram desta maneira.
Quando acontece algo fora de um padrão, além ou muito diferente do que imaginamos, podemos ter a sensação de perder o controle de situações e em casos mais graves de a vida perder o sentido. Existem momentos que a vida nos oferece desafios significativos e estes desafios nos orientam ao aprendizado e ao desapego de algumas posturas e forma de ver que não servem mais. Imagine se a escravidão fosse ainda vigente em nossa sociedade. Dá para pensar em algo desse tipo? Claro que não, pois já evoluímos em compreensão e superamos esse tipo de conduta, compreendemos hoje muito melhor o papel de cada ser humano na dinâmica da existência, claro que ainda precisamos desenvolver esse olhar, mas já obtivemos conquistas importantes. Não há mais o entendimento coletivo que permitia a exploração de mão de obra escorava como na antiguidade, onde povos eram invadidos e os sobreviventes serviriam de escravos para manter o status de conforto social dos vencedores. Uma pessoa daquela época não entenderia a falta de escravos, pois seu modelo mental estaria alinhado ainda naquele modelo de conceber a vida e as relações. Como evoluímos em compreensão, não permitimos que isso aconteça em nossa sociedade, tanto é que trabalho escrevo é considerado uma exploração e uma atitude ilegal.
Perceba que a forma como vemos o mundo muda ao longo do tempo, através das experiências, vamos adquirindo com o tempo uma percepção diferente do que tivemos no passado. Aprendemos em vidas sucessivas a vermos melhor situações que antes não poderíamos compreender. Estamos numa jornada de desenvolvimento que nos permitirá vermos o mundo de uma forma global e interativa, sem a necessidade de explorar a liberdade do ser humano para podermos o poder nas mãos. Ainda nosso planeta está repleto de pessoas que tem um discurso aparente de bondade que na verdade são manipuladores, bem mal intencionados, que tendem a olhar para o próprio umbigo em detrimento da felicidade de outras pessoas. Os corruptos, os criminosos, os abusadores, os detratores fazem parte desse grupo que ainda não conseguiram entender que o coletivo é mais importante do que suas próprias necessidades.
Como você vê o mundo? Um lugar de aprendizados, um lugar de luz e harmonia, um lugar de dificuldades, de problemas, um lugar de trevas ou um lugar de luz? O mundo que vemos é o mundo que temos dentro de nós, só o projetamos para fora. Se quiser viver num mundo melhor, de paz e harmonia, trabalhe para poder mudar as próprias atitudes, o mundo interior refletirá e construirá o mundo ao seu redor.
O mundo nos apresenta oportunidades únicas de crescimento e desenvolvimento para a tomada de consciência para a luz interior. Você está aproveitando para poder aprender com as experiências que a vida está te colocando para viver?
Ricardo Seixas
@ricardosxs.mentoria