Há um provérbio chinês que diz que a palavra é prata, o silêncio é ouro. Significa que é preferível silenciar antes de falar o que não tem importância, ou até que venha a prejudicar a pessoas ou instituições.
Silêncio é, em verdade, atitude necessária e importante na vida.
Significando a cessação de barulho, ruído ou inquietação, promove a paz de espírito.
Muitas situações se resolvem, de modo mais construtivo e pacífico, quando fazemos alguns segundos de silêncio, em vez de discutir, criticar ou agredir.
No silêncio é possível asserenar o ânimo, refletir com calma, observar os fatos e situações com lucidez e tomar decisões com acerto.
É um recurso valioso quando verdadeiramente compreendido.
Em diversas circunstâncias converte-se em porta-voz da verdade, do amor e da sabedoria.
Na atualidade, observamos que poucos sabemos valorizar o silêncio, tão condicionados nos encontramos ao excesso de sons variados. Ou em comentar a respeito de tudo que nos aconteça ou que presenciamos.
Vivendo constantemente em ambientes barulhentos, apresentamos, por vezes, dificuldades em focar o essencial.
Dessa forma, a mente não consegue se equilibrar, e conflitos diversos nos atormentam.
A tendência é que a situação se faça mais complicada a cada momento. Em desarmonia acabamos por contaminar, de forma negativa, os lugares onde nos encontramos.
Por outro lado, quando em paz, nossos próprios pensamentos nos proporcionam calma e melhores condições de discernimento.
Nessas circunstâncias, é possível refazer-se dos problemas, refletir, relaxar e orar.
A oração e a meditação visam, justamente, restabelecer e manter a quietude para que o Divino se reflita em nós.
No silêncio se pode ouvir melhor a voz da consciência. Na quietude interior se consegue perceber, com maior clareza, as instruções dos Espíritos superiores.
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O estado de quietude é mais uma atitude interna do que externa.
O homem sábio vive em quietude, e só rompe o silêncio íntimo para falar o que é verdadeiro, útil e bom.
As tarefas importantes e elevadas, muitas vezes, ocorrem no silêncio e no anonimato.
Silenciando, na grande maioria das situações, estaremos lucrando em paz e em saúde mental.
Discussões envenenam o corpo e infelicitam a alma.
Reclamar não resolve impasses e situações críticas.
Desesperar só acarreta sombras. Irritação só demonstra nossa reação ainda instintiva.
Para a grande maioria dos males que nos alcançam, a fórmula mais eficiente é silenciar e meditar para proceder de forma correta.
Manter o silêncio, compreender melhor a situação e agir ajudando, nos traz a certeza de que, no tempo certo, tudo se resolverá.
Estando sóbrio e sereno o pensamento, melhor se poderá colaborar para o equilíbrio de qualquer dissabor.
Portanto, quando tivermos a certeza de que a palavra pode ajudar, falemos com sabedoria.
Caso tenhamos dúvidas se devemos falar e o que dizer, optemos pela manutenção do silêncio.
Redação do Momento Espírita.