Criar expectativas é um mecanismo natural do ser humano, que sempre espera alguma coisa de praticamente todos os momentos da vida: quando começa um relacionamento, quando é convidado para um evento ou festa, começa um curso, é chamado para uma entrevista de emprego e até mesmo quando o fim de semana está se aproximando.
A maior parte das expectativas, porém, está relacionada a outros seres humanos — especialmente com aqueles em que relacionamento é um pouco mais íntimo ou constante. Isso acontece porque projetamos um modelo de relacionamento com nossos parceiros, pais, filhos, chefes e amigos, sempre esperando que essas pessoas supram nas nossas carências e necessidades internas.
Os dois lados da expectativa
Por um lado, são justamente as expectativas que fazem com que as pessoas estejam em constante movimento, se arrisquem, mudem, experimentem e tentem coisas novas. Por outro lado, as expectativas também são responsáveis pelas decepções e frustrações, que acontecem quando as expectativas não são alcançadas ou superadas.
Como não criar expectativas nas pessoas
Tenha equilíbrio
O grande segredo para não se frustrar é encontrar um equilíbrio. Criar expectativas é saudável, mas é preciso ter consciência de que as coisas nem sempre acontecem conforme o planejado ou desejado — especialmente no que diz respeito à outras pessoas, que posem ser imprevisíveis e ter vontades diferentes das suas. Aceitar as coisas e as pessoas como elas são é fundamental para não viver uma vida de decepção.
Não se iluda
Ninguém mudará simplesmente para te agradar. E, caso alguém mude, acredite: será temporário. Ninguém se molda a outra pessoa, uma vez que cada indivíduo tem suas necessidades individuais, suas opiniões, suas vontades e suas próprias expectativas.
Veja a luz das pessoas
Quanto menos expectativas criamos nas pessoas, mais somos capazes aceita-las como realmente são. Cada pessoa tem sua luz e sua sombra, e você pode escolher para onde olhar: se você focar apenas nos aspectos negativos de uma pessoa, certamente será difícil conviver com ela. Por outro lado, caso você se permita focar naquilo que os outros têm de bom, a convivência se tornará muito mais positiva.
Aceite as diferenças
Todas as pessoas têm histórias e convicções diferentes. Por isso, o ideal é compreender a pessoa, o contexto em que ela vive e seus valores individuais. Aceite e respeite a forma de ser do outro. Aprender a conviver e respeitar as diferenças entre os indivíduos é fundamental para se relacionar de forma positiva, sem criar expectativas diferentes da realidade.
Supra suas carências
Em vez de colocar todas as suas expectativas no outro, que tal suprir suas próprias carências e necessidades? Cuide de suas emoções e pare de buscar sua felicidade no outro.
Reflita
Reflita sobre os aspectos que você gostaria que o outro mudasse, quais sentimentos ele desperta em você e quais aspectos você precisa aceitar e perdoar. Algumas pessoas apresentam as mesmas limitações que você, e conviver com isso pode ser terrivelmente doloroso — como se alguém estivesse cutucando sua ferida. Esteja atento se não é justamente isso que está acontecendo.
Escolha
Se as atitudes da pessoa estão realmente prejudicando a sua vida, é preciso escolher se vale a pena persistir na relação e na convivência. Muitas pessoas apresentam comportamentos que refletem e prejudicam as pessoas ao seu redor. É o caso de mentirosos, pessoas com vícios e com descontrole emocional. Nesses casos, reflita sobre porque você atraiu essa pessoa para sua vida, o que precisa aprender com ela e decida se realmente vale a pena continuar se relacionando com este indivíduo.
Fonte: sbie.com.br