Nosso planeta, nossa casa, nosso habitat, nos oferece oportunidades para nosso processo de evolução em entendimento sobre nós mesmos, onde temos a oportunidade de desenvolver melhor a consciência, elevando-a, nos permitindo assim perceber melhor em ângulos distintos a vida que estamos mergulhados.
Observe que desde o nascimento temos como experiências recorrentes, o desapego. Quando no ventre de nossa mãe, nos aconchegamos a um ambiente de conforto, recebemos o alimento pronto para nos satisfazer as necessidades, recebemos o oxigênio que precisamos para poder manter o corpo vivo, o ambiente é quente e protegido. Ao nascermos, vem o primeiro desapego, somos tirados do ventre materno, assim chegamos no mundo. De cara, a temperatura muda, depois precisamos chorar para que o médico identifique que o pulmão tenha um nível de hormônio surfactante suficiente para poder promover o funcionamento saudável deste órgão. Entramos no mundo já sentindo um certo desconforto pela mudança da temperatura e pela necessidade de chorar. O primeiro desafio é soltar o conforto do ventre.
A vida vai correndo e os desapegos vão acontecendo. Cada fase da vida nos traz a necessidade de deixarmos para trás algumas coisas. Ganhamos ao nascer: berço, fraldas, seios por onde podemos nos alimentar, colo para poder nos acolher, brinquedos e etc. Na dinâmica de nos tornarmos mais crescidos, como pequenas crianças, o que ganhamos nessa fase, precisaria ser deixado de lado. Um novo ciclo começa, ganharemos mais outras coisas importantes para esta nova fase. De ciclo em ciclo, vamos passando agindo com atenção e determinação na superação do que precisa ser relevado e dos desafios que vem pela frente. Quando vamos para a próxima fase, deixamos para trás o colo, o berço, a chupeta e a mamadeira. Cada etapa da vida deixamos algo, até o momento do maior e mais significativo desapego, a desencarnação, onde deixamos tudo para trás, absolutamente tudo.
Para os que conseguem deixar o que é material e levar o que importa, corre tudo bem. Para os que não conseguem e se mantêm apegados aos bens, aos objetos, considerados de valor, vivem, desligados do corpo mas ligados nesses objetos, por um padrão mental que os impede de prosseguir com equilíbrio emocional para novas etapas na dimensão espiritual. Vinculam-se na necessidade de manter o que tinham, não admitem ter de abrir mão do que pertencia a eles, algemam-se a estes bens e objetos como se fossem tesouros que jamais deveriam pertencer a outras pessoas além de si mesmos. É um problema mental muito sério, que para de desligar desse processo, somente com uma nova oportunidade de aprendizado na matéria, até poder compreender melhor que esteja equivocado na forma de ver e viver a vida.
Quanto maior o desapego, mais leveza e paz interior o espírito sente, o que possibilita entrar em sintonia com frequências elevadas, depositam assim energias onde realmente faz sentido e conseguem se ver sem tais objetos preciosos, permitindo a entrada em lugares de luz e harmonia na espiritualidade.
Um dos grandes aprendizados é o desapego. Isso não significa que não se deve trabalhar para uma vida com conforto. Significa que tudo que você obtiver materialmente deve ser compreendido como usufruto. É seu, até o momento em que estiver no corpo. Depois levarás o que puder carregar. Portanto trabalhe para poder levar o que esteja ao seu alcance, os bens interiores, as conquistas pessoais.
Ricardo Seixas
@ricardosxs.mentoria