Os Espíritos ficam sensibilizados, ao lembrarem-se deles os que amaram sobre a terra. Se são felizes, essa lembrança aumenta-lhes a felicidade; se são infelizes, são para eles um alívio.
No dia da comemoração dos mortos estão junto às suas sepulturas em maior número, porque existem mais pessoas que os chamam; mas cada um vem por causa de seus amigos e não pela multidão dos indiferentes. Os Espíritos atendem ao apelo do pensamento dos que ficaram aqui na Terra, nesse dia como nos outros dias.
A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente. Mas a prece que santifica o ato de lembrar, pouco importa o lugar, se ela é ditada pelo coração.
Os Espíritos de pessoas às quais se elevam estátuas ou monumentos, assistem às suas inaugurações quando podem, porém são menos sensíveis às homenagens que lhes prestam que à lembrança.
Os Espíritos assistem frequentemente aos seus enterros, mas algumas vezes, não compreendem o que se passa, se está ainda perturbado.
Quando um Espírito alcançou um certo grau de perfeição, não tem mais a vaidade terrena e compreende a futilidade das homenagens. Porém, há Espíritos que nos primeiros momentos da sua morte material sentem um grande prazer com as homenagens que lhes prestam, ou um desgosto com o abandono dos seus despojos, porque conservam, ainda, alguns preconceitos deste mundo.
O respeito instintivo que o homem, em todos os tempos e entre todos os povos, testemunha pelos mortos, é um efeito da intuição que tem da existência futura.
Referência:
O Livro dos Espíritos – Livro II – Cap. VI – Allan Kardec.