Os seres humanos, de modo geral, estão sempre muito preocupados em alcançar o sucesso.
O mundo convencionou que sucesso é o triunfo nos negócios, nas profissões, nas posições sociais, com destaque da personalidade, aplausos e honrarias.
Causam impacto as pessoas que desfilam no carro do poder. Despertam inveja a juventude elegante, a beleza física, os jogos do prazer imediato.
Produzem emoções fortes as conquistas dos lugares de relevo e projeção na política, na sociedade.
Inspiram mágoas aqueles que parecem triunfar na glória e êxito terrestres...
Esse sucesso, porém, é de duração muito curta.
Todos passam pelo rio do tempo e estão sujeitos a transformações.
Risos se convertem em lágrimas...
Destaques cedem lugar ao abandono...
Bajulações são substituídas pelo desprezo...
Beleza e juventude são alteradas pelos sinais da dor, do desgaste e do envelhecimento.
O indivíduo, que luta pela projeção exterior, sofre solidão, vazio, frustrações e tédio. Aquele tido pela sociedade como uma pessoa de sucesso não é, necessariamente, uma pessoa feliz.
Todavia, muitos perseguem esse sucesso e, para mantê-lo, se desgastam, emocionalmente, inspiram ódios, guerras surdas ou declaradas, acumulam desgostos.
Todavia, há um outro sucesso, efetivo e duradouro, que temos esquecido: é a vitória sobre nós mesmos e as paixões primitivas.
Quando nos propomos a essa busca, nos sentimos vencedores, porque dominamos nosso mau temperamento, as emoções degradantes. Como consequência, sentimos paz.
Nós nos tornamos gentis, irradiando bondade e conquistamos, em profundidade, aqueles que de nós se acercam.
O sucesso sobre nós mesmos acentua a harmonia e aumenta a alegria. Tornamo-nos candidatos que contribuem em favor do grupo social mais equilibrado e feliz.
O sucesso de Júlio César, conquistador do mundo, entrando em Roma em carro dourado e sob aplausos da multidão, não o isentou do punhal de Brutus nas escadarias do senado.
O sucesso de Nero, suas conquistas e crueldades, não o impediram da morte infamante a que se entregou desesperado.
O sucesso de Hitler, em batalhas cruéis nos campos da Europa e da África, não alterou a sua covardia moral, que o conduziu ao suicídio vergonhoso.
O sucesso, porém, de Gandhi, o fez enfrentar a morte proferindo o nome de Deus.
O sucesso de Pasteur o auxiliou a aceitar a tuberculose com serenidade.
O sucesso dos mártires e dos santos, dos cientistas e pensadores, dos artistas e cidadãos que amaram, lhes ofereceu resistência para suportarem as afrontas e crueldades com espírito de abnegação, de coragem e de fé.
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Sem ficarmos alheios ao mundo, ou abandonarmos a luta do convívio social, busquemos o sucesso da vida correta, os valores de manutenção do lar e da família, o brilho da inteligência, da arte e do amor.
Descobriremos que, nessa boa luta, teremos tempo e motivo para o outro sucesso, o de natureza interior.
Pensemos nisso!
Redação de Momento Espírita, com base no cap. 15 do livro
Desperte e seja feliz, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.