Durante seus estudos para a preparação da codificação espírita, Allan Kardec observou que muitas pessoas se preocupavam mais com a parte mística das religiões do que com a parte moral. Explica ele que, apesar da moral de Jesus ter sido sempre admirada, tratava-se mais de um ato mecânico do que uma compreensão real, pois, os textos evangélicos escritos por Marcos, Mateus, Lucas e João, que relatam os exemplos de Jesus foram escritos através de parábolas, dificultando assim a interpretação e o verdadeiro entendimento da maioria das pessoas.
Dessa forma, com auxílio das instruções ditadas pelos bons espíritos como Santo Agostinho, São Luís, São Vicente de Paulo, Erasto, Fénelon, entre outros, em vários países, e por intermédio de diversos médiuns, Kardec, no ano de 1864, codificou o Evangelho Segundo o Espiritismo com objetivo de tornar os ensinamentos de Jesus mais claros e compreensíveis para todos, sendo considerado um Código Moral Universal.
No ano de 1857, já havia sido publicado o Livro dos Espíritos, primeiro livro da doutrina, contendo toda sua parte filosófica. Posteriormente, em 1861, foi codificado o Livro dos Médiuns, contendo as instruções científicas e os mecanismos de comunicação entre os espíritos encarnados e os espíritos desencarnados, porém, é o Evangelho, terceiro livro desta sequência, que dá maior foco às questões éticas e comportamentais do ser humano.
Essa obra é para uso geral, cada um pode encontrar nela os meios de adequar sua conduta à moral de Jesus.
Fonte: grupofeller.com.br