Como é bom e importante poder servir, ser útil, cada vez mais útil. Podemos dizer que, de modo geral e em apertado resumo, servir é prestar serviços, uma vez que este verbo pode ser empregado com outros significados e para diversas situações.

Por outra parte, cabe desde logo destacar que é possível servir e ser útil com ou sem remuneração.

Em termos de voluntariado, por exemplo, vale relembrar que um dos postulados do Rotary, um clube de serviços fundado em 1905 e existente até hoje em quase todo o planeta, é exatamente este: Mais se beneficia quem melhor serve.

Servir, bem servir, é uma prática que faz bem à mente e ao coração. Os espíritas, de modo especial, sabem muito bem disso, especialmente quando participam das tarefas que se realizam na Casa Espírita a que se vinculam. E todas as tarefas, sem exceção, são importantes e valiosas para o seu bom e adequado funcionamento.

Em artigo publicado, em janeiro de 2005, no Jornal Mundo Espírita, intitulado Reforma Íntima, tivemos a oportunidade de mencionar que na medida em que progredimos sentimos uma satisfação íntima indescritível e, deveras relevante, vamos nos tornando pessoas melhores, mais agradáveis, de melhor e mais fácil convivência, úteis, cada vez mais úteis, respeitadoras, simples, confiantes, otimistas e mais alegres, sendo altamente beneficiadas por nossa nova conduta e, mais importante, capazes de favorecer ainda mais as demais pessoas, próximas ou distantes, no mínimo por nosso comportamento, prestando, ainda que sem o notar, enorme contributo à harmonia e ao equilíbrio das relações humanas, nesta sociedade plural em que todos somos interdependentes, em maior ou menor grau… Incluamos o Bem e a sua prática constante em nossa agenda diária de compromissos com a Vida, ajudando outras pessoas, auxiliando ao máximo possível, sempre e sempre. Recordemo-nos de que não basta não fazer o mal, é indispensável fazer o Bem, a fim de que não sejamos responsabilizados pelo mal que decorra do Bem que não praticamos.

Embora não apontado expressamente naquele artigo, o último parágrafo acima reproduzido, em outras palavras, encontra-se lançado na questão 642, de O Livro dos Espíritos, a obra fundamental do Espiritismo, cuja leitura atenta indica que ao homem [ser humano] cumpre fazer o bem, no limite de suas forças, sempre.

Entendemos que servir, servir com qualidade, com respeito, com zelo, com empenho, com esmero, com amor [com ou sem remuneração], é praticar o Bem.

O Espírito Joanna de Ângelis, pela psicografia do ilustre e ilustrado médium Divaldo Pereira Franco, no livro Repositório de Sabedoria, no verbete Servir (entre outros ensinamentos ali contidos) esclarece, aconselha e orienta: Seja a honra de quem serve a satisfação de servir. Quem serve não se agasta com a ingratidão. Sai na direção do dia de sol para servir. Ama, e coroarás as horas de luz; serve, e adornarás o coração de intérmina ventura. (1ª ed. da Livraria Espírita Alvorada, 1980, 2º volume, página 218 – compilação de Antônio César Perry de Carvalho).

No livrinho Minutos de Sabedoria [livrinho pelo tamanho – de bolso – mas gigante por seu estupendo e maravilhoso conteúdo], Carlos Torres Pastorino recomenda: Para você subir na vida, dois degraus existem de suma importância. São representados por dois verbos: AMAR e SERVIR. Jamais desanime na escalada dos valores da alma, e procure em todas as circunstâncias AMAR e SERVIR a todos e a tudo, para ajudar ao máximo o progresso do planeta que o recebe tão generosamente, auxiliando-lhe a evolução. (23ª ed. Vozes, 1985, página 164)

Com efeito, e como bem o sabemos, Deus não nos entregou o planeta Terra pronto e acabado. Cabe-nos a tarefa inadiável de contribuir para a sua evolução intelectual e moral.

Muito importante registrar, ainda, que o amor é a lei maior da Vida. 

O apóstolo Paulo de Tarso cunhou a expressão, pulsante e verdadeira, que cala fundo em nosso coração toda vez que a vemos escrita ou pronunciada: A caridade é o amor em ação.

Servir é uma forma de amar.

Avancemos, pois, amando e servindo sempre!



Por Antônio Moris Cury


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