Você sabe a opinião de Allan Kardec sobre o verdadeiro Espírita? Como se reconhece um Verdadeiro Espírita?

O Espiritismo é uma doutrina que nos ensina a importante missão de servir sem interesse, trabalhar constantemente para o Bem da sociedade baseada nos ensinamentos do Cristo e acelerar o progresso moral do Homem.

Muitos procuram a pratica da doutrina espírita para diversas finalidades e todas elas são respeitosas e dignas, entre estas finalidades há aqueles que procuram frequentar as palestras e eventos públicos, e nestes encontros se sentem bem, e se reestabelecem com o passe magnético.

Mas ai vem uma pergunta "- Para se dizer Espírita basta somente assistir palestras, trabalhar na casa espírita, doar alimentos, tomar passe e realizar outras atividades dentro da casa espírita?

Então vamos observar o que Allan Kardec comenta na sua obra "O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 17 - Bons Espíritas, Item 4".

"Aquele que podemos, com razão, qualificar de verdadeiro e sincero espírita, encontra-se num grau superior de adiantamento moral. O Espírito já domina mais completamente a matéria e lhe dá uma percepção mais clara do futuro; os princípios da doutrina fazem vibrar-lhe as fibras, que nos outros permanecem mudas; numa palavra: foi tocado no coração, por isso a sua fé é inabalável. Um é como o músico que se comove com os acordes; o outro, apenas ouve os sonsReconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações. Enquanto um se compraz no seu horizonte limitado, o outro, que compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para se libertar, e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme."

E neste mesmo capítulo temos também o seguinte comentário de Kardec:

"São, afinal, os espíritas imperfeitos, alguns dos quais estacionam no caminho ou se distanciam dos seus irmãos de crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou porque preferem a companhia dos que participam das suas fraquezas ou das suas prevenções."

Então com essas instruções de Allan Kardec, podemos compreender que para ser Espírita não basta assistir palestras, ser médium ou trabalhador da casa espírita, ou fazer a caridade com os necessitados, mas é necessário empreender em nós mesmos, os esforços ininterruptos para nos melhorarmos como Espírito, pois quanto mais lapidado o nosso Espírito, mas perfeita será a semeadura.

Buscamos alertar o Espírita de que não basta apenas servir ao próximo, se dentro de nós próprios não há predisposição de empreender esforços sinceros para nos melhorarmos, moral e espiritualmente.

Conheço amigos frequentadores espíritas que não gostam de ouvir palestras e ficam cochilando, pois só estão interessados em tomar passe, outros só estão interessados em serem médiuns, mas não querem estudar e nem desejam se submeter à disciplina, com isso deixam de ser melhores ferramentas para a Espiritualidade e para aqueles que os buscam ou recebem os benefícios do passe magnético ou da palavra amiga.

Ser Espírita é entender a responsabilidade de carregar a bandeira do Cristo sobre seus ombros e, é deixar de ser estagnado e acomodado, oferecendo-se como instrumento de Jesus para levar a Sua palavra e o seu amor. É fazer mais do que necessário para encontrar e levar o caminho da verdadeira felicidade.

Pensemos Nisso!
Muita paz!

Autor: Jeferson Souza 

Matéria Publicada no site: http://espiritismonapratica.com.br/