Adeptos sinceros da doutrina espírita a qual escolhemos para seguir, preciso se faz meditemos sobre como responderíamos a algumas simples perguntas como as que seguem: Já estamos convencidos da necessidade da nossa renovação? Já iniciamos a nossa indispensável reforma íntima? O que temos feito dos conhecimentos adquiridos na doutrina espírita?
Sendo o Espiritismo o Consolador prometido por Jesus à humanidade, precisa ser entendido como mensageiro Divino que veio oferecer aos homens as chaves benditas de nossa própria libertação, descortinando-nos a visão para enxergarmos horizontes novos, na compreensão da vida inesgotável de bênçãos.
- Criando novas necessidades, a civilização não constitui uma fonte de novas aflições?
“Os males deste mundo estão na razão das necessidades factícias que vos criais. A muitos desenganos se poupa nesta vida aquele que sabe restringir seus desejos e olha sem inveja para o que esteja acima de si. O que menos necessidades tem, esse o mais rico.
“Invejais os gozos dos que vos parecem os felizes do mundo. Sabeis, porventura, o que lhes está reservado? Se os seus gozos são todos pessoais, pertencem eles ao número dos egoístas: o reverso então virá. Deveis, de preferência, lastimá-los. Deus algumas vezes permite que o mau prospere, mas a sua felicidade não é de causar inveja, porque com lágrimas amargas a pagará. Quando um justo é infeliz, isso representa uma prova que lheserá levada em conta, se a suportar com coragem. Lembrai-vos destas palavras de Jesus:
Bem-aventurados os que sofrem, pois que serão consolados.”(1)
Esclarece com fundamentos lógicos a razão das nossas dores e sofrimentos, fazendo-nos compreender que as Leis Divinas são sábias e justas, mostrando-nos o quanto é incomensurável a bondade do nosso Pai e Criador ao proporcionar oportunidades idênticas a todos os seus filhos, deixando a cada um a responsabilidade de escolher entre fazer o bem ou o mal, para dar “a cada um segundo as suas próprias obras.”
O Espiritismo salva-nos da prisão imposta pelos equivocados e ultrapassados conceitos do sofrimento eterno, assegurando que sendo criaturas imortais sobreviveremos para seguir no caminho da evolução através da reencarnação, solucionando a dúvida angustiante do futuro pessimista sustentado até então pelo império da ignorância.
“O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.” (2)
Urge compreendamos que o Espiritismo veio por misericórdia de Jesus, como sublime ferramenta a ser utilizada no serviço do bem, da paz e do progresso, e que já é hora de nos beneficiarmos com tudo de bom que a Terceira Revelação nos tem oferecido, porque certamente seremos convocados a prestar contas de tão valiosa riqueza depositada em nossas mãos.
“Por milênios, temos sido viajores do tempo a ir e vir pela porta larga, nos círculos de viciação que forjamos para nós mesmos, engodados na autoridade transitória e na posse amoedada, na beleza física e na egolatria aviltante.
Renovemo-nos, pois, em Cristo, seguindo-o, nas abençoadas lições da porta estreita, a bendizer os empecilhos da marcha, conservando alegria e esperança na conversão do tempo em dádivas da Felicidade Maior.”(3)
Pensemos nisso!
Francisco Rebouças
Referências:
(1) kardec, Allan. O Livro dos Espíritos – F.E.B. 76ª edição.
(2) Xavier, Francisco Cândido – Livro O Consolador, F.E.B. 9ª edição, cap.12.
(3) Xavier, Francisco Cândido – Livro O Consolador, F.E.B. 9ª edição, cap.14.