Tudo me é lícito, mas nem tudo é conveniente” é um ensinamento atemporal de Paulo de Tarso que deveria nos levar a refletir sobre o que temos feito com o nosso livre arbítrio.
Podemos fazer tudo porque Deus, na sua infinita bondade e justiça permite aos seus filhos a escolha do caminho para que estes, através das experiências encontre de forma concreta e definitiva o equilíbrio.
Até que este tempo chegue, vamos aprendendo com os reveses e os pequeninos progressos a nos equilibrar.
O caminho é longo e tortuoso porque procuramos quase sempre absorver conhecimentos sem nos preocuparmos se este é conveniente para nossa vida.
Evidente que o conhecimento será sempre importante, porém, o que fazer com ele deveria ser também objeto de nossas preocupações.
O grande desenvolvimento intelectual da humanidade tem nos proporcionado enormes facilidades de comunicação e deslocamento pelo planeta inteiro.
De que isto tem servido poderíamos nos perguntar com mais frequência, afinal, a inteligência tem a finalidade de nos conduzir paras um mundo melhor.
Por isso que precisaríamos cogitar de sempre procurar saber mais, mas sendo indispensável saber como isto nos convém.
Em qualquer atividade, para que esta seja exitosa, precisamos dispensar toda atenção e cuidado em sua realização, observando com acuidade se esta é conveniente para a formação de nosso currículo moral.
Na execução das tarefas evangélicas não podemos pretender guardar as revelações do céu para impô-las apenas aos outros.
Que se pretendendo praticante da humildade não a utilizemos para tiranizar os outros e nem que, se declarando paciente passe a irritar os outros.
O saber somente tem valor quando é utilizado para fazer progredir quem o detém e aos que circulam à sua volta.
Um sábio da antiguidade disse que “quanto a mim tudo o que eu sei e que não sei de nada” e este certamente detinha muito conhecimento, mas a sua racionalidade e humildade lhe fez enxergar que embora soubesse muito, muito mais havia para saber.
Não é o que ocorre cotidianamente conosco, espíritos ainda imperfeitos que, aprendendo pouco julgamos já saber muito.
Somos ainda, como ensinou Emmanuel: “aqueles que cuidam saber sem saberem de fato”.
Para que façamos em nossa vida o que é conveniente, precisamos aprender a ajudar sem ofender, esclarecer sem perturbar e melhorar sem ferir.
É preciso, enfim, saber como convém saber e aprender a ser útil sempre.
Por isso, o apóstolo em sua epístola nos clama a observar que, embora tenhamos o arbítrio da decisão, necessário é ter em mente que cada passo que dermos terá consequências e que estas são de nossa inteira responsabilidade.
Que possamos seguir na trilha da aquisição de conhecimentos, mas que saibamos reconhecer se estes são convenientes.
Fonte:http://www.caminhosdoamor.org.br

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