A religião dever ser entendida como a presença do Pai Criador de tudo e de todos, chamando-nos para desfrutar dos benefícios da perfeição e da felicidade que ELE nos reserva com seu amor infinito por cada um dos seus filhos.
Para tanto, precisamos entender que os desafios da vida em sociedade fazem parte das perfeitas e imutáveis Leis Divinas, que nos servirão para o desenvolvimento das virtudes em germens que todos precisamos desenvolver.
Todavia, em virtude de ainda nos encontrarmos bem distantes do ponto ideal para uma boa convivência com o nosso próximo, em atendimento ao ensinamento de Jesus quando nos propõe “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, é mais que necessário contar com o apoio da religião, para nos ajudar na harmonia da vida íntima, enfrentando nossas próprias dificuldades e vencê-las.
Mas, se não levarmos a sério as propostas da Doutrina que abraçamos para seguir, se ela não nos ajuda na modificação de nossa maneira de falar, agir e sentir; se não nos auxilia para manter a calma nas horas das crises ou observar e raciocinar diante das tentações da vida hodierna, algo não está acontecendo como deveria.
A verdadeira religião é aquela que nos impele ao respeito diante dos relacionamentos afetivos, solicitando-nos observar a lealdade, aos compromissos assumidos advertindo-nos que “não deveremos fazer ao outro o que não gostaríamos que o outro nos fizesse”.
Que proporciona a seus adeptos entendimento para se manter resignado diante da dor, solicitando atenção e cuidado para os malefícios da raiva, da revolta etc., apresentando-nos a justiça de Deus contida na Lei de Causa e Efeito, demonstrando que quando ferimos alguém, estaremos em verdade ferindo a nós mesmos.
Que nos demonstra com argumentos convincentes de que a nossa renovação íntima para o melhor, é possível em qualquer lugar e em qualquer época, porque depende simplesmente de nossa própria disposição de mudar.
Que nos facilita perceber uma nova concepção da vida, para além do plano físico, livrando-nos da dor e do desespero da dúvida de não saber o que nos acontecerá depois da desencarnação, alentando-nos com a certeza de que não estaremos entregues a própria sorte, e que a separação daqueles a quem amamos é temporária e não definitiva.
Assim é a Doutrina Espírita, restaurando o Cristianismo primitivo e explicando as leis que regem o ser e o destino, a vida e a morte, o sofrimento e a evolução, através da fé raciocinada, vem mostrar os caminhos seguros para a humanidade seguir em frente construindo os alicerces seguros para o encontro com a paz da consciência tranqüila que só o dever retamente cumprido pode proporcionar.
- Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?
“Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!”
- Pode o homem achar nos Espíritos eficaz assistência para triunfar de suas paixões?
“Se o pedir a Deus e ao seu bom gênio, com sinceridade, os bons Espíritos lhe virão certamente em auxílio, porquanto é essa a missão deles.” (459) (1)
Se, no entanto, não seguirmos os preceitos ensinados por nossa filosofia religiosa, em nosso caso, a Filosofia Espírita, não é a religião que fracassou em relação ao seu profitente, e sim, seu seguidor que não soube tirar verdadeiramente proveito dos seus ensinamentos, e só de si, deve reclamar.
Autor: Francisco Rebouças
Fonte:http://www.agendaespiritabrasil.com.br
Referência:
(1) Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos. F.E.B. 76ª edição.
Deixe seu Comentário
Muito bom, música com uma ótima harmonia!