“A cruz do Cristo traz grandes lições para todos nós, meus filhos. A cruz está plantada na Terra para que o homem aprenda a aceitar a sua realidade, aceitar a terra onde Deus o plantou, crescendo a partir do que tem e do que é, e não do que gostaria de ter e de ser. A trave fincada na terra toma, na sua outra extremidade, a direção do Alto, indicando que o plantio se faz com os pés na terra, mas com a cabeça no céu, cabeça na fé e na esperança. E a trave horizontal simboliza nossos braços abertos para a humanidade. Abertos para acolher e com o peito aberto para amar. Que cada um ame a sua cruz e a carregue com classe, coragem e alegria, pois é a cruz da nossa libertação.” Pai Joaquim
(Mensagem recebida por José Carlos de Lucca, na Sexta-feira da Paixão de Cristo do ano de 2013).
Pai Joaquim nos fala ao coração para cada um de nós amar a sua cruz, pois ela é que nos servirá de ponte à felicidade. Ele pede para que cada um ame a sua realidade, que é sua cruz diária na família, no trabalho, na doença, na dificuldade financeira, enfim, em todos os obstáculos que nos cercam.
“Amar a sua cruz” não é amar o sofrimento, mas é aceitar, de bom grado, o desafio de agora, sabendo que ele nos servirá de ponte para novos caminhos.
Vivemos reclamando do que temos e do que somos, não aceitamos a realidade em que estamos inseridos e não vemos os desafios de crescimento que a sabedoria divina embutiu em cada dificuldade que vivenciamos.
Nossos problemas são coerentes com as nossas necessidades de evolução. O tamanho da nossa cruz reflete o quanto precisamos nos adiantar em termos de crescimento pessoal. Atraímos os problemas com a finalidade de aprendermos mais sobre nós mesmos.
Essa é a visão espiritual que nos tira da condição de “vítimas do destino” e nos faz ver que as dificuldades de agora são uma ressonância do nosso estágio evolutivo. Se tivermos uma cruz na relação familiar, por certo, o parente difícil reflete um determinado padrão semelhante ao da nossa própria consciência. Ele nos mostra o que precisamos mudar em nós mesmos. Os problemas à nossa volta apontam o que está “problemático” dentro de nós. Por isso, a cruz do problema não tem finalidade de castigo – ela é apenas uma aula prática, que nos mostra o que deve ser transformado dentro de nós.
Se, por exemplo, temos de conviver com um familiar que nos trata costumeiramente com frieza e indiferença, é quase certo que, em algum nível, o padrão de comportamento dele é parecido com o nosso, e apenas mudando a nós mesmos é que iremos mudar o panorama exterior que nos cerca. À medida que formos mudando a nossa postura íntima, demonstrando, perseverantemente, mais calor humano e mais interesse pela vida das pessoas, um grande milagre surgirá em nossa vida!
A melhor maneira de mudar algo fora de nós é mudar o que precisa ser mudado dentro de nós. É preciso carregar a cruz com classe, disse Pai Joaquim, aceitando a vida como ela é e fazendo dela o melhor ao nosso alcance.
Fonte: extraído do livro “Socorro e Solução”, de José Carlos De Lucca. Editora Intelítera.