O título deste ensaio é o do capítulo 13 da obra Horizontes da Vida, do Espírito Miramez, psicografado por João Nunes Maia. O primeiro parágrafo da obra já diz tudo:

O tempo nos convida para erguermos nossas idéias no padrão que compensa edificar nossa vida. Quantos milênios comerciamos, distorcemos e destruímos, com as nossas ideias saturadas de magnetismo inferior.

Chegaram os tempos em que exatamente no momento da dor, da provação, teremos que fazer o esforço hercúleo de olharmos para as nossas reações contrárias ao amor e corrigirmo-nos para a rota de Jesus. Vejamos alguns exemplos:

Se alguém nos ofende, ergamos nossas vibrações e silenciemos, evitando o duelo verbal que tanto fere. Que perdoemos setenta vezes sete o nosso irmão, pois a lembrança do momento nos visitará infinitamente, e precisaremos repetir este perdão até matar esta mágoa no cansaço. Optemos por essa receita do Evangelho que nos torna invulneráveis às agressões, aos maus tratos e às injúrias.

Se sentirmos que o nosso irmão quer só que o escutemos, silenciemos, não é o momento de falar de si.

Se vier o impulso da crítica, lembremos que talvez não estejamos enxergando a trave nos nossos próprios olhos e façamos uma reflexão sobre as qualidades do outro. Lembremos quanto mal temos nos causado e aos outros com julgamentos.

Se estivermos no meio da maledicência, optemos pelo silêncio ou até a nossa discreta saída do ambiente, que às vezes é mais produtivo do que tentar argumentar com os que não estão prontos para o esforço.

Se vier aquela raiva dos políticos na hora do noticiário, elevemos nossos pensamentos para a oração pelo país, porque já vivenciamos por demais essa mesmice de odiar, é hora de mudar exatamente essa vibração e colaborar ativamente pela paz.

Se o diferente nos revolta, elevemos esta vibração para a tolerância, lembrando-nos da natureza que nos oferece uma variedade de seres de todos os reinos e vivem harmoniosamente, cumprindo os seus papéis e colorindo a vida. Deixemos os outros serem, respeitemos o livre-arbítrio deles, assim como o Nosso Pai.

Se a tristeza da perda de seres queridos nos abater, elevemos nosso pensamento e oremos por eles e por nós mesmos.  Músicas de qualidade são uma ótima receita para a elevação de nossa vibração. Que tal “O que é, o que é?” de Gonzaguinha?

Se faltar o emprego, elevemos nossos pensamentos a Deus e façamos o que a lógica e a razão nos dizem, sem entrar no campo do desespero, pois assim as intuições de nosso mentor espiritual encontram uma estrada cheia de obstáculos e pode não chegar até nós.

Se a perda material foi enorme, agradeçamos pelas nossas mãos que podem refazer tudo pelo esforço. Sabemos que após as guerras as nações se ergueram com mais progresso pelo esforço conjunto. Elevemo-nos na fé e na ação.

Se a culpa nos incomodar, aceitemos a nossa imperfeição e busquemos o autoperdão e a reparação dos danos feitos, sem remoer sentimentos inúteis ao nosso crescimento espiritual.

Se a dor física é forte demais, lembremos que a mente é capaz de proezas, fiquemos firmes orando e fazendo o que nos compete no mundo material, reunindo as forças internas para enfrentar com coragem, sem a queixa demasiada que nos leva ao desespero sem saída.

Se a situação que vivemos acionar o nosso vício de reclamar, que nos percebamos em flagrante delito e façamos um favor à nossa cansada alma de lembrar que estamos nos envenenando.

São inúmeras as maneiras como poderemos vigiar as nossas atitudes e tentar freá-las com a elevação de nosso padrão vibratório. A Doutrina nos oferece um material riquíssimo, cabe a nós a ação.

O esforço no amor compensa sempre, não interessa a dificuldade.

Encerramos este ensaio com um belo parágrafo deste mesmo capítulo da citada obra do Espírito Miramez:

O dever das criaturas despertas é erigir edifício novo no lugar da casa velha da mente, construindo ideias que nos possam conduzir à esperança que nos indicará a felicidade. Edificando o bem comum, ele assegurará as nossas consciências para a verdadeira paz, aquela que não se esquece do trabalho. Ergamos a mente para frente e para o alto, em busca de nós mesmos, de conhecer todo o terreno da nossa intimidade, procurando educarmo-nos. A vida será então educação, para que depois possa vir a sabedoria, de onde possamos saber usá-la para a luz dos nossos caminhos.

Autora: Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Fonte: https://www.agendaespiritabrasil.com.br

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