Um dos mais belos gestos que podemos praticar é o perdão. Ele pode ser ostensivo ou

de foro íntimo, pois que muitas vezes a pessoa que estamos perdoando nem precisa

saber que o estamos fazendo, já que em muitos casos quem nos ofende muitas vezes

nem sabe que o fez e não está preocupado com nossa atitude. Fazem o mal sem

saberem as consequências.

           Sempre dizemos que o perdão liberta, mas principalmente a quem perdoa, pois

vivermos com mágoa pelo mínimo tempo que seja causa um grande mal ao organismo

físico. A mágoa de alguém se assemelha a tomarmos um veneno e querer que o outro

morra.

           Quando perdoamos nos sentimos mais leve, é como se libertar de algo que nos

estava entravando a capacidade de seguir em frente. A mágoa corrói, é sentimento que

de momento em momento nos vem à mente e ocupa o nosso raciocínio nos reportando a

uma energia pesada passada, fazendo a gente reviver novamente fato perturbante.

           O exercício do perdão só existe em razão de conservarmos em nós mágoas.

           Mas o perdão também pode ser exercido sem existir a mágoa. Isto acontece

quando nós é que fomos à causa do mal realizado e assim devemos então nos perdoar.

Cometemos erros que muitas vezes apenas nós sabemos e ficamos entristecidos todas

as vezes que nos lembramos do cometido, e isto nos causa um mal estar. Quando é

assim, é momento de nos perdoarmos e seguir em frente.

           Se o que cometemos têm reparação, o façamos, mas se não, deixemos que os

próprios desígnios de Deus se encarregue de providenciar no resgate que certamente

acontecerá no momento propício.


          O perdão é tão importante que Jesus ao ser questionado sobre ele, disse que

devemos perdoar setenta vezes sete, isto é, perdoar sempre, até por que pedimos

perdão ao Criador e recebemos sempre o perdão Dele, ocasião que recebemos nova

oportunidade de vida para proceder aos devidos reparos.

          O perdão é algo tão sublime e faz parte dos sentimentos, já que é nesta fase que

ele seja possível de ser entendido e aplicado, em razão da capacidade intelectual do ser

pensante.

           A partir do momento que perdoamos a quem nos fez mal, liberamos essa pessoa

de ter de nos encontrar em vida futura para resgatar o mal que nos foi feito. Quer dizer:

não vamos nos encontrar em vida futura, o que é benéfico para nós, pois não sabemos

se numa próxima vida concluiremos a desavença.

           Perdoemos sempre. Isso será melhor para nós e enaltecedor ao Olhos de Deus.

Autor: Nilton Cardoso
Fonte: https://espirito.org.br

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