Senhor Jesus, concedeste-nos os entes queridos por tesouros que nos emprestas.

Ensina-nos a considerá-los e aceitá-los em sua verdadeira condição de filhos de Deus,

tanto quanto nós, com necessidades e esperanças semelhantes às nossas.

Faze-nos, porém, observar que aspiram a gêneros de felicidade diferente da nossa e

auxilia-nos a não lhes violentar o sentimento em nome do amor, no propósito

inconsciente de escravizá-los aos nossos pontos de vista.

Quando tristes transforma-nos em bênçãos capazes de apoiá-los na restauração da

própria segurança;

E quando alegres ou triunfantes nos ideais que abraçam não nos deixes na sombra do

egoísmo ou da inveja, mas sim, ilumina-nos o entendimento para que lhe saibamos

acrescentar a paz e a esperança.

Conserva-nos no respeito que lhes devemos, sem exigir-lhes testemunhos de afeto ou

de apreço em desacordo com os recursos de que dispunham.

Auxilia-nos a ser gratos pelo bem que nos façam, sem reclamar-lhes benefícios, ou

vantagens, homenagens, ou gratificações que não nos possam proporcionar.

Esclarece-nos para que lhes vejamos unicamente as qualidades, ajudando-nos a nos

determos nisso entendendo que os prováveis defeitos de que se mostrem ainda

portadores desaparecerão no amparo de Tua benção.

E, se algum dia, viermos a surpreender alguns deles em experiências menos felizes, dá-

nos a força de compreender que não será reprovando ou condenando que lhes

conquistaremos os corações, e sim, entregando-os a Ti através da oração porque

apenas tu, Senhor, podes sondar o íntimo de nossas almas e guiar-nos o passo para o

reequilíbrio nas leis abençoadas de Deus.

Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

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