Desde que Homem habita a Terra, tem sido defrontado com inúmeros desafios materiais e / ou pessoais. Apesar disso, sempre encontrou uma escapatória, no meio de guerras, pestes, cataclismos naturais. A morte é um patrimônio da vida, a única coisa que está pré-determinada: todos nós, um dia, iremos “morrer”. Derivado da óptica materialista do Ocidente, ensinaram-nos que morrer era uma desgraça, quando a morte, se natural, faz parte da vida, como uma mera etapa.


Depois da trágica Idade Média, passamos para o Positivismo e, o Materialismo foi-se instalando nas Sociedades ocidentais. Passou a ser chique, elegante, até sinal de sapiência dizer-se ateu e / ou agnóstico. Ser-se espiritualista era sinônimo de inferioridade intelectual, destinado à plebe e pouco mais.
Em 1857, com o advento do Espiritismo (filosofia de vida – nada tem a ver com seitas ou religiões) demonstrou-se experimentalmente que a morte é uma quimera, que a vida continua, que é possível falar com os “falecidos”, através de médiuns (pessoas com faculdade de captar o mundo extrafísico). Já não é preciso acreditar: agora, sabe-se, qualquer um que pesquise encontra os mesmos dados, universais e transversais a todas as Sociedades.
Charles Richet apresentou a Metapsíquica, teve vergonha de dar o braço a torcer no que respeita às descobertas espíritas, fazendo-o, mais tarde, no fim da vida, junto de amigos chegados. Mais tarde, o casal Rhine, nos EUA, apresenta a Parapsicologia, demonstrando inequivocamente as capacidades anímicas do Ser Humano, como a telepatia, telecinesia e outras. Entre 1995 e 1998, três renomados cientistas da “Society for Pychical Research” (SPR) de Londres, Inglaterra, pesquisaram com enorme precisão, os fenômenos espíritas em Scole, dando origem ao famoso “Scole Report”. As conclusões apontam sem titubear: a vida num mundo extrafísico é real, interage connosco, confirmando, agora com equipamentos eletrônicos, o que houvera sido descoberto por Allan Kardec, em 1857.

É importante divulgar, mostrar às pessoas que a vida continua,
que a reencarnação é uma realidade, que vale a pena
nunca desistir da vida terrestre.

Se o Espiritismo matou a morte, a Física Quântica matou a matéria: a matéria não existe, tudo é energia, em múltiplos estados (conhecidos e desconhecidos). O que chamamos de matéria, não é mais do que energia “coagulada”, sentida pelos sentidos grosseiros, neste planeta inferior.
No tempo do Materialismo, fazia sentido o suicídio, pois se não há nada após a morte, porque hei-de sofrer? Porque hei-de passar dificuldade? O nada era algo que nos permitia a fuga para um vazio que nos acalmaria todas as dores físicas e mentais. 
Com a morte do Materialismo (Física Quântica) e com a morte da Morte (Espiritismo), apareceram novos paradigmas que provam a imortalidade –Casos Sugestivos de Reencarnação (meninos-prodígio, crianças que se lembram de vidas passadas, comunicações espirituais, regressão de memória), Experiências de Quase-Morte (EQM´s), Experiências Fora do Corpo (EFC’s), Visões no Leito de Morte (VLM’s), Transcomunicação Mediúnica (TCM) e Transcomunicação Instrumental (TCI) – e o suicídio deixa de fazer sentido.
Quem decide deixar a vida física, sai de um plano existencial (energia coagulada) para entrar noutro plano mais subtil, etéreo (o mundo espiritual), tão vivo e real como o nosso, aqui na Terra. O sofrimento que o levou ao ato tresloucado acompanha o suicida, pois é patrimônio do Espírito. Este, ao ver-se vivo no plano extrafísico, aumenta os seus problemas, com a frustração de não ter morrido, ao ter consciência do erro cometido, das complicações que daí advêm. No dizer dos suicidas que se comunicam nas associações espíritas, não existe linguagem na Terra para descrever o sofrimento dos mesmos no mundo espiritual, não como castigo divino, mas como consequência de um ato destrutivo que ignoravam. A responsabilidade e respectivas consequências são sempre proporcionais ao grau de conhecimento e de lucidez do suicida.

A Doutrina Espírita (ou Espiritismo)
é o maior preservativo contra o suicídio

O Espiritismo explica ao Homem quem ele é, de onde vem, para onde vai, o porquê da vida e a causa das dissemelhanças entre todos nós. Estudando Espiritismo, o Homem encontra a explicação para os problemas existenciais, pesquisa sem necessidade de acreditar e encontra lógica, esclarecimento e consolo. Aprende que a vida na Terra é como um ano escolar, que nenhum de nós tem cargas superiores às suas capacidades psíquicas e, que o Amor de Deus está sempre presente na nossa vida, onde se multiplicam os benfeitores espirituais que nos intuem para o Bem, os amigos terrenos, a família, a Sociedade em geral.
Com as descobertas da Ciência Espírita e da Ciência Oficial (que tem confirmado todas as assertivas espíritas), descobrimos que, custe o que custar, doa o que doer, a única alternativa que temos, apesar de tudo é sempre… viver.
Não faz sentido anular a matrícula a meio do ano, desistir. Vamos até ao fim, custe o que custar cada teste que temos de fazer, na certeza imorredoura de que Deus nunca nos desampara, que amanhã outras oportunidades e soluções por vezes inesperadas, solucionarão o que parecia impossível.
“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a Lei”.



Bibliografia:

Gomes, Jorge - Vozes do outro lado da vida – reuniões mediúnicas de esclarecimento.
Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos.
Kardec, Allan - O Céu e o Inferno.

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Alcione A. Garcia - 04/08/2020 22h10
muito bom.