O texto que vamos transcrever é do livro – O Evangelho de Chico Xavier - de Carlos A. Baccelli, item 176.
“Certa vez, visitando o cemitério de Uberaba, notei a presença de um espírito que, rente o seu próprio túmulo, chorava arrependido. Fora um rico comerciante na cidade e cometera suicídio. Eu o conhecera de nome. Percebendo que podia conversar comigo, após lamentar o gesto infeliz, que praticara por causa dos negócios que não iam bem, ele me disse: _ Chico, vocês os espíritas, são os verdadeiros milionários da Terra! ... Fiquei com muita pena dele, porque, de fato, o dinheiro, para quem apenas aprendeu a valorizá-lo é um transtorno muito grande. Fazia muito tempo que ele estava ali, preso aos despojos, se lamentando... Conversamos por alguns minutos e, apesar da consciência que revelava de sua situação, ele não se mostrava com a menor disposição íntima de abandonar o local; aquilo era uma autopunição...”
Meditando sobre este assunto verificamos que muitas vezes nos deixamos escravizar pelos bens materiais, perdendo, inclusive, maravilhosas oportunidades de evoluir espiritualmente.
É lógico que todos nós, habitantes de um mundo como a Terra, precisamos das coisas materiais. No entanto, não podemos esquecer que além do alimento necessário à sustentação do corpo físico, precisamos também daquele alimento mais sutil e rarefeito, que vem preencher o vazio dos nossos anseios superiores.
Os bons sentimentos, os pensamentos elevados e as ações fraternas, ajudam-nos a transpor os dias de forma mais tranqüila e serena.
É necessário analisar a relação do SER com o TER. Embora a maioria das pessoas ainda não esteja convencida, a verdade é que precisamos muito mais SER do que TER.
- Sejamos mais fraternos no relacionamento familiar.
- Sejamos mais amorosos com o nosso próximo.
- Sejamos mais condescendentes com as falhas alheias, pois, quase sempre, vemos um cisco no olho alheio e não enxergamos a trave que tolha totalmente a nossa visão.
Há muita coisa que precisamos melhorar, mas quase sempre o que “fala mais alto” é o apelo à riqueza material.
Se nos deixarmos envolver sem resistência pela ambição e pelo orgulho ficaremos sujeitos a vivenciar situação semelhante àquela vivida pelo irmão que tomamos como exemplo, no início da nossa conversa.
Deus nos permite a vida de relação, exatamente para que possamos aprender, seja olhando os erros e acertos dos nossos irmãos de caminhada, seja analisando nossos próprios erros e encontrando uma forma de os corrigir.
Maria de Lourdes
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Boa noite.Participei do evangelho no lar pelo youtube e gostei muito !Quarta estarei presente novamente.Parabéns pela iniciativa.