Criaturas existem que não acreditam em nada mais além da vida física difícil e desafiadora que enfrentam, onde a dor, o sofrimento, a desesperança são constantes, e levados por essa visão materialista, não encontram motivação para trabalhar e esperar por dias melhores no porvir.

Entre estes podemos até mesmo destacar muitos dos “religiosos”, que se afeiçoam ao pessimismo para destacarem apressadamente que a sociedade não tem mais jeito, e que a destinação dos nascidos na Terra é um só, o sofrimento.

E para justificarem essa tese absurda, citam as constantes noticias que a mídia sensacionalista faz questão de destacar diariamente, mostrando os crimes, as desgraças, os desastres naturais etc., como se nada de bom estivesse ocorrendo em nosso planeta.

É claro que essa não pode ser a visão do seguidor da Doutrina Espírita, pois sabe ele perfeitamente que sendo Deus a própria misericórdia e bondade, a perfeição absoluta, Dele só poderemos esperar o melhor, pois se assim não fosse, o atributo de Misericordioso e Bom não faria o menor sentido.

“A vida é um poema de beleza, cujos versos são constituídos de propostas de luz, escritas na partitura da Natureza, que lhe exalta a presença em toda parte…

…A alegria, pois, de viver, deve ser parte ativa do programa de construção pessoal da criatura inteligente. Fruir toda a magia existente no painel universal, retirando as maravilhosas concessões de completude que pairam ao alcance de todo aquele que deseja elevar-se, livre de tormentos e de amarras com o passado. O destino da criatura é a liberdade, para onde segue com os olhos postos no futuro. Ser livre significa não depender, optando pelo que lhe constitui emulação para a vitória; não ter passado nem inquietar-se pelo futuro, vivendo amplamente o presente em transportes de paz e alegria…

…A alegria proporciona ao cérebro maior contribuição de enzimas especiais, encarregadas de produzir saúde, facultando o riso, que é um estimulante poderoso para a fabricação de imunoglobulina salivar (sIgA), portadora de fatores imunizantes, que propiciam o constante equilíbrio orgânico, evitando a invasão de vários vírus e bactérias perniciosos. Quando se ri, estimulam-se preciosos músculos faciais e gerais, eliminando-se toxinas prejudiciais acumuladas, que terminam por intoxicar o indivíduo. Rir é uma forma de expressar alegria, sem que a gargalhada estrídula, nervosa, descontrolada, tome parte na sua exteriorização. Risoterapia, hoje, significa um recurso precioso para evitar determinadas contaminações, mas também para auxiliar no restabelecimento de patologias graves, principalmente as infecciosas mutiladoras, as degenerativas da máquina orgânica e vários distúrbios nas áreas emocional e psíquica.” (1)

Se o sofrimento ainda faz parte de nossa vida, não é por criação divina e sim, por representar o saldo negativo de nossa imperfeição que nos faz desrespeitar as Leis Divinas de Amor e caridade, que o Cristo resumiu em Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.  

Carecemos de compreensão para uma visão otimista da finalidade superior de que a vida está revestida, o que demanda estudo sério que indiscutivelmente nos alargará a opinião mesquinha que sustentamos atualmente por absoluta ignorância das determinações superiores. À medida que passamos a entender melhor a grandeza e a finalidade da vida e do amor, passamos a nos empenhar em nossa reforma íntima em benefício de nós mesmos, do próximo e da vida em geral.

“Hoje, porém, o Espiritismo é a nossa porta de trabalho para a benção do reajuste.

Exumados na aflição e no nevoeiro que nos paralisavam os braços nos precipícios da sombra, somos agora trazidos pela Misericórdia d’Ele, nosso Mestre e Senhor, à construção da felicidade humana que expressa nossa própria felicidade.

É por isso que, convidados ao campo de abençoada luta, não podemos olvidar nossa responsabilidade maior…

Cristo em nós para que o mundo se renove nas excelsas realidades do espírito…

Jesus – em nosso pensamento para que saibamos entender e ajudar; – em nossas palavras a fim de que aprendamos a soerguer e auxiliar, ao invés de reprovar e ferir; – em nossos olhos e em nossos ouvidos para que venhamos a encontrar o bem com o esquecimento do mal; – em nossas mãos a fim de que nos decidamos a converter as horas em cânticos de trabalho edificante a favor do progresso comum…

É, sobretudo, amigos, Cristo em nosso coração para que a Boa Nova não seja um tema vazio em nossos lábios, mas sim a própria melodia no Céu a exprimir-se na Terra, onde estejamos, em nome da nossa fé, cultivando a fraternidade e a confiança, a paz e a beleza, em refulgente antecipação do Reino de Deus…

Assim, pois, reunidos na oração, não nos esqueçamos de Jesus nas linhas de ação, dentro das quais, sem duvida alguma, o Evangelho por nós é a palavra viva em que o mundo desfalecente compreenderá a infinita bondade de Nosso Pai, a imortalidade da alma, a intangibilidade da justiça e a luz sublime do amor que nos assegurará, por fim, a eterna alegria na eterna ressurreição.” (2)

Dessa forma, convidamos os nossos queridos companheiros seguidores dessa doutrina sagrada que as nossas esperanças fortalece a nos elevarmos em pensamento e sentimento e seguir Jesus nosso Mestre e Guia solicitando a Ele que nos conduza pelos caminhos do bem e da caridade para que nos reajustemos individualmente, na direção do triunfo que as Leis Superiores nos destinaram.

Autor: Francisco Rebouças
Fonte: https://www.agendaespiritabrasil.com.br

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