A tarde estava ensolarada e convidava ao lazer.
No quintal, João se distraía observando os três netos a brincar com a bola.
O maiorzinho a jogou na parede, e quando ela voltou em sua direção, gritou admirado:
Olha, vovô, ela voltou para mim.
O avô aproveitou para falar de um assunto muito importante.
Vejam, meus queridos, como as Leis de Deus estão presentes em tudo o que fazemos.
Até mesmo quando brincamos, Deus nos faz perceber como elas funcionam. Ele nos dá a liberdade de jogar a bola na parede, mas a volta da bola é uma reação natural ao nosso ato.
Deus fez tudo perfeito no Universo.
E Jesus, que é o Seu Filho mais sábio, nos fala para semearmos amor para termos amor em nossas vidas.
É como se plantássemos um pé de feijão.
Os meninos, curiosos, se aproximaram. Aquilo estava ficando interessante.
Quando o pé de feijão frutificar, só poderá dar feijões, não é verdade? Assim também acontece em nossas vidas. Colheremos do que plantarmos.
Sempre que plantarmos bondade, colheremos sorrisos; se plantarmos maldade, colheremos lágrimas.
Toda ação gera uma reação característica que virá, logo ou mais tarde, como forma de colheita.
Assim, somos livres para a semeadura, mas somos escravos na colheita.
Para cada ação haverá uma reação correspondente e na mesma intensidade.
A Lei de Ação e Reação baseia-se num perfeito mecanismo de justiça e de igualdade absoluta, para todos.
Essas ações estão caracterizadas com o selo moral do estágio em que se situa a pessoa.
São as imperfeições ou as qualidades da alma humana que geram suas ações felizes ou equivocadas.
Não há qualquer favoritismo para quem quer que seja.
Agindo bem, teremos o mérito do bem.
Agindo mal, teremos as consequências do mal.
Os prejuízos que causarmos a outrem trarão consequências inevitáveis para nós próprios. É a Lei Divina.
Também os benefícios que espalharmos gerarão benefícios em nosso próprio caminho.
Passamos a entender, portanto, que fazer o mal, a quem quer que seja nunca será compensador, pois sempre responderemos pelo mal que causarmos.
Toda felicidade ou tranquilidade que proporcionarmos ao próximo redundará em bem para nós mesmos.
O amor e o perdão são fortes alavancas para nosso crescimento espiritual.
Por esse motivo é que Jesus nos ensinou a perdoar.
O ódio, a vingança, a perseguição contumaz a qualquer pessoa resultarão em sofrimentos ao seu próprio autor.
Somente o perdão liberta.
Sabedoria manifestamos ao optar por promover o bem, pois a reação do bem só poderá ser o bem.
O mal, por sua vez, trará consequências desagradáveis.
Sofrimentos na vida individual, social e coletiva, poderiam ser evitados se todos observássemos a Lei de Causa e Efeito, que Jesus traduziu em admirável sentença: A cada um será dado segundo as suas próprias obras.
Fonte: Redação do Momento Espírita, com base no artigo Ação e reação, de Orson Peter Carrara, publicado na revista Reformador.