Trabalhemos por um melhor e novo tempo.
Ainda que a antropologia se dedique à investigação da origem e do desenvolvimento humano; os aspectos relativos à vida comum, envolvendo as emoções e sentimentos mais aprofundados do ser imortal, representa para esta ciência ainda uma incógnita.
Partindo da premissa evangélica de João – 3:8 quando afirma “O vento sopra aonde quer, e ouve a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” o Espiritismo, desse modo, vem elucidar claramente ao homem sobre o seu destino; de onde ele veio, para aonde vai e porque está na terra.
Para que não nos percamos ainda mais nas escuras vielas de nossas existências corporais com os corações calcinados pelo ódio secular e a mente embotada na própria ignorância, o Espírito de Emmanuel, tece-nos interessante informação ao prefaciar significativa obra “não desconhecemos que todos respiramos num oceano de ondas mentais, com o impositivo de ajustá-las em benefício próprio. Vasto mar de vibrações permutadas. Emitimos forças e recebemo-las. O pensamento vive na base desse inevitável sistema de trocas”. (1)
Considerando que o nosso planeta se encontre numa faixa aproximada de trinta bilhões de criaturas encarnadas e desencarnadas, concluímos que neste trânsito de almas em evolução, uma vasta e constante permuta de vibrações e forças se estabelecem; e como individualidades, procuramos impor situações do nosso ponto de vista em que julgamos serem corretas e justas.
Contudo, apesar de termos sidos criados simples e ignorantes perante as leis que regem o universo, sem prerrogativas e dotados do mesmo ponto de partida, na busca e conquista incessante de novos aprendizados; ainda que a trajetória de nossas experiências reencarnatórias esteja fadada a lei de convivência em sociedade, cada alma será construtora e responsável por vossas próprias decisões e desejos que o livre arbítrio nos outorga. E considerando que a justiça do plantio nos é licita efetuarmos, caberá de contrapartida, colhermos no devido tempo, os frutos das nossas escolhas felizes ou infelizes.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Espírito Protetor de Constantino se refere dizendo […] Bons espíritas, meus bons amados, sois todos obreiros da última hora […] (2) alusão esta aos trabalhadores que iriam abraçar a grande marcha de regeneração por um mundo melhor e mais fraterno, sobrepondo os interesses e valores espirituais acima dos materiais; da equânime justiça de amor e caridade contra os rasteiros e carcomidos sentimentos do egoísmo. Não importando de onde procedam ou cheguem, do oriente ou do ocidente, cada hora, cada minuto e segundo, soará para cada um de nós no oportuno momento, como abençoado e amoroso chamamento do Mais Alto, para que nos integremos aos labores de uma nova era de transformação a toda a humanidade.
Marildo Campos Brito
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Referências Bibliográficas:
- Livro Sinal Verde, pelo Espírito André Luiz- Francisco Cândido Xavier;
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, página 192 – 365ª edição – 06/2009 – editora ide.