Ocorreu em Araguari, Minas Gerais, o atropelamento de uma criança de dois anos. O veículo arremessou-a para o alto e em seguida passou com as duas rodas em cima de suas perninhas. Levada para o pronto atendimento, surpreendentemente a pequena vítima não apresentou nenhuma fratura, teve somente um dente quebrado, um corte na nuca e alguns arranhões.
Quem esteve no local ou assistiu à forte cena pelo vídeo gravado por uma câmera de monitoramento ainda não consegue explicar como os danos não foram mais graves.
Representantes da ciência não têm respostas para esse caso, deixando às entidades filosóficas, religiosas e à sociedade campo aberto às suas conclusões. Milagre? Mérito? Moratória? Proteção espiritual? Ou, como anuncia a belíssima letra de Nelson Motta, musicada por Lulu Santos, “sob a luz do divinal querer”?
Enfatuados e torcendo o nariz, diriam homens do saber que isso é crendice popular e exagerado misticismo.
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Espíritos protetores nos orientam, quanto ao procedimento moral e quanto a todos os demais assuntos de nossa vida. Esforçam-se para que vivamos da melhor maneira possível.
No livro Obreiros da Vida Eterna, André Luiz descreve os preparativos de equipe espiritual encarregada de dar assistência a quatro espíritos, cujas vidas, aqui na Terra, estavam se findando.
Tudo corria bem, de acordo com os planejamentos que facilitariam os desligamentos, quando, de repente, o mentor Jerônimo recebeu chamado urgente de autoridade superior.
Ao regressar, todos os cooperadores foram surpreendidos com inesperada notícia: Albina, um dos espíritos sob o serviço de auxílio, fora autorizada a permanecer na Terra por mais tempo e sua desencarnação fora adiada.
Visíveis melhoras de Albina suscitaram indagações de André Luiz que, seguidamente, buscava de onde havia surgido pedido tão veemente que modificara o destino da doente.
De repente, um menino miúdo de oito anos adentrou o local e correu para beijar a enferma com grande ternura.
— A súplica dessa criança alcançou-nos a colônia espiritual e modificou-nos o roteiro — disse Jerônimo, começando a desvendar o mistério. Joãozinho é grande e abnegado servo de Jesus, reencarnado em missão do Evangelho. Tem largos créditos na retaguarda.
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Criaturas de tenra idade podem esconder, em sua inocência, espíritos elevados com missões grandiosas. Elas contam com proteção especial da espiritualidade maior. Seus anjos da guarda jamais descansam e estão sempre alertas para que recebam o melhor da vida, a fim de atender às urgentes necessidades de uma causa maior. Essas crianças, sem a menor sombra de dúvida, estão sob o foco da luz do divinal querer.
Sidney Fernandes
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