O que sonhamos é realidade ou ficção?

A compreensão exata do que seja o sonho depende primeiramente de entendermos a essência humana. O ser humano, na verdade, é uma alma (ou um Espírito) ligada a um corpo de carne, que utiliza para viver aqui na Terra.

Não está presa a esse corpo como um pássaro na gaiola; pode dele se afastar e o faz em estados especiais, mas a ele permanece unida por laços fluídicos e que só se rompem com a desencarnação.

Esse afastamento pode ocorrer com todos nós quando estamos dormindo. É o que se denomina emancipação da alma. O que se dá conosco durante o sono depende dos nossos interesses pessoais e da nossa evolução espiritual.

Diante de problemas intrincados do cotidiano, questões profissionais e outras mais ligadas às coisas materiais, muitas vezes o Espírito nem se afasta do corpo ou dos limites estreitos de sua residência. Mantém-se mentalmente envolvido pelos problemas, angustiando-se com eles ou buscando eventuais soluções.

Em outras condições, afastamo-nos completamente do corpo e saímos em busca daquilo que possa nos dar prazer, como, por exemplo, encontrar com pessoas que amamos – encarnados ou desencarnados, desta ou de vidas passadas – e visitar determinados lugares. Também podemos procurar desafetos, para a concretização de uma vingança, estabelecendo até mesmo perseguições. Espíritos mais desprendidos podem se afastar da crosta terrestre, seguindo para as colônias e cidades espirituais, em expedições de aprendizado ou de trabalho.

Há possibilidade, igualmente, de um retorno mental ao passado, pela retrocessão da memória; ou de penetração no futuro, no fenômeno de premonição, cujo processo ainda não é suficientemente compreendido.

Como o pensamento é gerador de imagens, o que pensamos, vemos e fazemos durante o sono converte-se em quadros mentais, que vão sendo registrados no inconsciente, como num aparelho de vídeo. Alguns fatos impressionam a alma de forma mais forte e, então, partes desses registros são transferidas para o consciente, daí surgindo os sonhos. Sonho, pois, é apenas uma recordação do que o Espírito vivenciou durante o sono.

Ocorre que o cérebro material, por causa de sua vibração mais grosseira, nem sempre capta os registros de forma coordenada e lógica, misturando os dados que lhe chegam, entre si ou com outros que já estão registrados, originando sonhos e pesadelos absurdos. Numa comparação grosseira, é como se alguém reunisse num filme cenas aleatórias de vários outros filmes, mas de forma desordenada. Em razão disso, é extremamente difícil a decifração dos nossos sonhos. No entanto, quando relevante à pessoa, essas ocorrências oníricas assomam para o consciente nos momentos próprios, apresentando-se como uma intuição ou pressentimento.

Interessante observar que as sensações e emoções vividas pelo Espírito durante o sono são reais e transferem-se para o corpo, acarretando nesse transpiração, cansaço e taquicardia, ou refazimento e equilíbrio.

Assim, o sonho pode ser realidade ou pura criação mental. A vida do Espírito durante o sono, porém, é verdadeira, a mesma vida que iremos encontrar depois da morte. Por isso é que se diz que dormir é preparar-se para morrer.

Vivamos bem acordados e, com certeza, começaremos a ter bons sonos e sonhos.

Donizete Pinheiro

www.agendaespiritabrasil.com.br

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