A indulgência é um dos itens da caridade e significa “doçura de dentro”. Trata-se de uma excelente “vacina” eficaz na prevenção contra os preconceitos.
Se somos indulgentes, tudo o que sai de dentro de nós é doçura. É doçura na fala, no sorriso, no olhar, no aplicar um passe, em dar opiniões etc.
A questão nº 886 de O Livro dos Espíritos esclarece-nos que a caridade consiste, inclusive, em sermos indulgentes para as imperfeições dos outros, ou seja, valorizando as pessoas sem apontar-lhes os defeitos que ainda carregam, porque defeitos todos temos, principalmente no que se refere à moralidade, e devemos lutar, com muito esforço, para vencê-los.
Temos de destacar, neste artigo, a necessidade de vivenciarmos também a autoindulgência, reconhecendo as próprias fraquezas e buscando a sintonia com os bons pensamentos, praticando a caridade como a entendia Jesus, conforme ensinamento na questão acima referida.
O mestre Jesus exemplificava, em seu cotidiano, a indulgência que já era o seu modus vivendi.
Dentre os exemplos, podemos citar o episódio, de título A mulher Adúltera, no Evangelho narrado por João, capítulo 8, versículos de 1 a 11, quando o mestre Jesus, envolvido pelo seu espírito empático de sempre, valorizando naturalmente aquela mulher, defendendo-a com a sua autoridade moral, indicou-lhe o caminho para a evolução espiritual na expressão vai e não voltes a errar.
Isso significa que Jesus deu a ela uma nova oportunidade de vida, indicando-lhe um novo caminho com novos desafios, proporcionando-lhe uma nova visão, rumo a novos horizontes, e deixando-lhe a mensagem de que ela é dona de si mesma e que ela vencerá e todos venceremos, vivenciando a indulgência, na caminhada com Jesus.
Agora, amigo leitor, para as nossas reflexões, juntamente com os nossos botões, companheiros de sempre, como estamos lidando com nós mesmos e com os outros, no tocante à “indulgência”?
Pensemos nisso e muita paz!
Yé Gonçalves