Muito embora os desentendimentos e suplementações marginais, compreensivelmente encontradiços aqui e ali, em nossas atividades, não se pode negar o seguro avanço do Espiritismo, em seu primeiro século de existência.

Dentre as múltiplas conquistas em que se lhe verifica o progresso, apontemos ligeiramente nas construções que lhe dizem respeito:
  • A valorização do aspecto moral e das consequências religiosas.
  • O estabelecimento necessário da separação entre mediunidade e doutrina.
  • A acomodação do fenômeno em lugar adequado.
  • A compreensão do médium por personalidade humana falível.
  • O reconhecimento de que a desencarnação não altera a criatura de maneira fundamental.
  • O impositivo de análise nas comunicações e revelações.
  • A exigência de moralidade e objetivos edificantes nas investigações psíquicas.
  • O esclarecimento mais amplo em torno de determinadas manifestações dos desencarnados.
  • A sublimação gradativa das faculdades de efeitos físicos, transferidas de espetáculos menos úteis ao socorro da Humanidade sofredora.
  • O afastamento gradual da evocação direta.
  • O aperfeiçoamento das atividades alusivas à desobsessão.
  • O repúdio à polêmica religiosa.
  • A elevação do vocabulário doutrinário.
  • O desbaste natural das influências de outros credos e a poda espontânea de rituais do magismo.
  • A confirmação progressiva dos princípios espíritas por parte da ciência terrestre.
  • A melhoria dos processos de divulgação na imprensa falada e escrita.
  • A orientação clara quanto à educação da infância.
  • A formação de núcleos da juventude espírita em movimentos próprios.
  • A criação da literatura espírita.
  • A intensificação das obras de assistência social.
  • O culto do Evangelho em família, nos recintos domésticos.
  • A simplificação de hábitos e definição de atitude da vida dos espíritas.
À vista de semelhantes ocorrências, efetivamente incontestes, reunamos ideais e energias, emoção e discernimento na ampliação do trabalho espírita que nos compete na Seara Redentora de Jesus, com as chaves elucidativas de Allan Kardec, transformando convicção em serviço e convertendo as sensações do maravilhoso em noções de responsabilidade que nos preparem o cérebro e o coração para a Vida Maior.

André Luiz por Waldo Vieira do livro:
Sol nas Almas


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