Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração.
Este convite de Jesus, que encontramos exarado no Evangelho de Mateus, toca a todos nós.
O Mestre se dirige aos que estamos aflitos e sobrecarregados.
E quem de nós pode se dizer isento de uma ou de outra situação?
São diversas as aflições no mundo.
Algumas vezes, nos afligimos por aquilo que está por vir, pelo futuro.
São as incertezas do porvir, a insegurança do amanhã, a instabilidade daquilo que nos cerca.
Tomamo-nos de ansiedade e medo frente a um futuro que não podemos controlar. E nos afligimos.
Também nos afligimos pelo presente, quando as situações do hoje nos desestabilizam.
Para alguns, são os revezes financeiros e as dificuldades em enfrentar os compromissos que nos dizem respeito.
Para outros, as aflições se fazem pela doença que se instalou, pela internação hospitalar do ente amado, pela velhice do corpo que nos limita em demasia.
Mas, não poucos de nós nos afligimos pelo ontem.
Trazemos arrependimentos pelo mal feito outrora, e que somente hoje nos demos conta do erro.
Por vezes, trazemos a alma povoada das dificuldades criadas mesmo em outras existências, que se refletem em nossa vida atual como traumas e complexos de grande monta.
São muitas as aflições no mundo, sabia Jesus.
Por isso, Ele nos convoca: Vinde a mim todos vós que estais aflitos...
Também chama àqueles sobrecarregados.
O peso das dificuldades da vida, dos desafios que temos a enfrentar, das injunções naturais da existência nos pesa.
É natural assim nos sentirmos sobrecarregados e cansados de tantos compromissos, deveres e dificuldades que se impõem, em nosso caminhar.
Por isso, Jesus nos chama, a todos: aos cansados e aos aflitos.
E, ao nos chamar para ir ter com Ele, também nos convida, doce e suavemente, a tomarmos duas posturas.
A primeira é a de aceitar o Seu jugo.
Tomai sobre vós o meu jugo, diz-nos o Mestre.
Isso quer dizer, estar sob a Sua tutela, sob as Suas regras.
Em outras palavras, estar sob uma postura de amorosidade perante a vida.
Estar sob o jugo de Jesus é estar sob o constante exercício de aprender a amar, de ser amoroso em relação ao próximo e em relação a si mesmo.
Jesus entende que tal convite é desafiador para nós.
Por esse motivo nos conclama a uma segunda postura: Aprendei comigo que sou brando e humilde de coração.
Na dúvida, na incerteza, busquemos Jesus.
Se não sabemos como agir, aprendamos com Ele.
Seja Ele nossa referência, na situação difícil, perante os desafios da existência ou a cada decisão que nos caiba.
Esta é a proposta de Jesus para todos nós que estamos cansados e aflitos.
Dobrarmo-nos a uma postura de amorosidade, de quem se propõe a ser aprendiz da Sua doçura e mansuetude.
Somente dessa maneira conseguiremos o alívio e tranquilidade necessários para bem enfrentarmos aquilo que nos cabe nesta existência.
Redação do Momento Espírita, com base
no Evangelho de Mateus, cap. 11,
vers. 28 a 30.