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Mensagem do dia
Dias de tristeza... Dias de felicidade... São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no Espírito imortal as experiências acumuladas. Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante. Elevemos o pensamento e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: Isso também passará... - Emmanuel
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Ante os que partiram

Publicada em: 14/04/2025 19:55 - Mensagens



Reunião pública de 24/8/59

Questão nº 936


Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração

que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde

transporta para o grande silêncio.

Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais

amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a

própria alma e prosseguir vivendo.

Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho

transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando

debalde mover os lábios mudos; uma companheira cujas mãos consagradas à

ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se

erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais

consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última

lágrima.

Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente

de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a

derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de

saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam,

gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no ádito dos

próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram.

Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero

e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados

mortos São apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma

como chuva de fel.

Também eles pensam e lutam, sentem e choram. Atravessam a faixa do

sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia,

inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda

mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os

laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o

suicídio.

Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na

regeneração que lhes diz respeito.

Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.

Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas

horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.

Tranquiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além,

suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória,

abraçando com nobreza os deveres que te legaram.

Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles,

comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás

também a própria viagem no mar das provas redentoras.

E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer

que Jesus, O nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite

escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde

pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da

manhã, no fulgor de um jardim.

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