Muito se fala em amor, mas ainda pouco refletimos sobre o que realmente podemos entender por amor.
A doutrina espírita, baseando-se nos ensinos de Jesus, propõem que façamos o melhor de nós, que procuremos entender o outro, que vejamos formas de viver que não venha prejudicar o próximo, que enfim cultivemos dentro de nosso ser, esse sentimento que nos eleva acima de todos os percalços da vida.
Nos ensina Joanna de Ângelis: “Esse é o amor que levanta do abismo e alça as cumeadas do progresso moral, passo avançado para a libertação espiritual das mazelas e chagas decorrentes de erros transatos”.
O amor se apresenta em inúmeras facetas, sendo o amor de misericórdia um dos mais importantes em nossas vidas, pois reconhecemos a dor no outro, ajudando sem a preocupação de retorno.
Vivemos presos aos nossos infortúnios ocultos, as nossas dificuldades, muitas vezes jogando no outro a responsabilidade, na tentativa de aliviar o peso de nossas dificuldades.
Quando realmente aprendermos a amar, teremos desenvolvido dentro de nós estruturas psicológicas de entendimento da vida, na sua formulação mais profunda, vivenciando cada momento de nossas vidas como um aprendizado, assim construindo dentro de nós a tão almejada felicidade.
Como nos ensina Jesus: “A Felicidade não é deste mundo”. Sim, deste mundo material, transitório, efêmero, com valores que perdem sua eficácia e que a cada dia queremos buscar mais.
A felicidade que podemos almejar, será aquela construída dentro de nós e essa somente vamos obter, realizando a construção no dia a dia.
Não é uma tarefa fácil, exige de nós renúncia para algo maior e de estrutura não material, mas sim de pensamentos, ações, emoções e sentimentos.
Essa renúncia se baseia no perdão, paciência, humildade, em quebrar as estruturas egóicas que dominam nosso ser, em remover as chagas do orgulho, para enfim, viver o hoje, o agora, sentir a presença de Jesus no nosso ser, sentir o frescor do vento, o calor do sol, sentir aquela alegria interior de estar vivendo uma oportunidade de renovação constante de nossas vidas.
Já vivenciamos muitas coisas, algumas equivocadas e outras construtivas para o nosso ser, mas não devemos desanimar, pois a libertação das amarras da dor, do desequilíbrio, dos sentimentos pequenos que nos aprisionam vão se esvaindo, dando abertura para o novo ser, esse agora de luz, equilíbrio, paz e alegria.
Quando Jesus nos diz:” Vinde a mim vós que sofreis”, está nos convidando a seguir seus passos, seus exemplos e seus ensinamos, para assim, produzir em nós a necessária transformação para essa libertação que tanto procuramos.
As algemas que precisamos quebrar, são aquelas que nos prendem as coisas pequenas para que possamos enfim trilhar o caminho de luz que está reservado para todos os “homens e mulheres de boa vontade”.
Um amigo espiritual.