“O ser consciente deve trabalhar-se sempre, partindo do ponto inicial da sua realidade psicológica, conhecendo-se com é e aprimorando-se sem cessar”. (4 ) Deus criou o Espírito simples e ignorante, mas dotou-o do princípio da inteligência e da sensibilidade. Num progresso evolutivo, a inteligência desenvolve a razão, que por sua vez, dá ensejo ao processos do raciocínio, da indução, da dedução, do discernimento, da crítica, da análise, do julgamento, etc. Através desses processos o ser humano chega ao pensamento lógico e abre caminho para todas as formas do conhecimento e do saber. A sensibilidade, como atributo desse ser, desperta o sentir, as emoções, formula os sentimentos e cria as emoções do amor nas expressões da fraternidade, da lealdade, da justiça e do aprimoramento espiritual. Com o desenvolvimento da inteligência e com o aprimoramento dos sentimentos, expressando valores morais, os seres humanos contribuem para a qualidade da sociedade e estarão trabalhando pelo próprio desenvolvimento espiritual, o que elevará o planeta Terra ao progresso. O homem, portanto, é um agente cultural. Para chegar a esse estágio e preciso que elabore o seu processo de conscientização, que só acontecerá se ele se fizer empenhado em se descobrir e se conhecer na relação espírito e renovação no Bem. Ao se identificar, buscará as transformações necessárias para seu desenvolvimento espiritual e humanístico. O objetivo é vivenciar as leis da ética, da moral e fazer-se autodeterminado como elemento participante e integrante de um universo social em constantes transformações. Inerente a esse objetivo estará se fazendo consciente da inevitabilidade de fazer a sua história na trajetória das vidas com responsabilidade. Para isso detém livre-arbítrio. Com a prática da meditação, da oração, do julgamento de seus atos e da regulação dos estados da consciência e da mente, o ser humano se fará um ser consciente e autodeterminado. Torna-se muito claro que, através do comportamento com essa consciência, caminhará para tingir a integralidade da sua capacidade de inteligência com o grau de sensibilidade de que é portador. Essas mudanças constantes que desenvolve, muitas vezes, pode trazer conflitos a interferir na mentalidade e integridade da sua personalidade. Por outro lado, é esse processo que impulsiona-o para atividades importantes e propulsoras do progresso moral, psíquico e espiritual. O Espírito, em cada reencarnação, conviverá com essa imensidão de estímulos a se converterem em aprendizagem e que é conduzido até que atinja a plenitude do seu desenvolvimento, tornando-se um Espírito avançado na conquista da sua perfeição. Essa é a maior aspiração da criatura, como ser espiritual que é. A conscientização, portanto, envolve uma busca constante de metas existenciais direcionadas para o amor como elo entre os seres humanos entre si na reciprocidade com a natureza. Luiza de Campos Freire Favareto
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28/04/2023 21H30