A encarnação e a desencarnação são situações que chamam a atenção das pessoas desde o início dos tempos.

A desencarnação ou morte, como muitos chamam, já é uma situação que leva pensadores e filósofos a proporem análises profundas, onde algumas são importantes para reflexão, mas outras permanecem na superficialidade das análises.

Muitas religiões têm seus conceitos de pós-morte, baseados numa fé imposta, não permitindo qualquer contestação ou análise.

Na Doutrina Espírita, a reflexão sobre a morte não se completa sem o entendimento da volta à próxima vida, ou seja, a reencarnação.

A reencarnação é um fenômeno que não é aceito pela maioria das religiões ocidentais, nem tão pouco por importantes filósofos e cientistas. Estes, os cientistas, dizem que em suas análises, não existe qualquer comprovação científica sobre esse retorno à vida.

Não posso acreditar nisso, pois não tem fundamento filosófico que dê sustentação, diz o filósofo cético. 

E o religioso vai dizer que não existem textos bíblicos para a sua comprovação.

Existem inúmeros casos inexplicáveis de crianças falando de vidas passadas e dando dados que foram verificados e comprovados, mas com pouca ou quase nenhuma repercussão no mundo, pois isso vai afetar interesses múltiplos. 

No Evangelho existe a passagem de Nicodemos onde Jesus diz a ele a necessidade de nascer de novo para ver o Reino de Deus. Religiosos vão buscar suas interpretações para explicar essa passagem.

A Doutrina Espírita tem uma proposta de Deus amor, que dá a oportunidade de começar de novo, corrigir os equívocos e evoluir em busca da Felicidade proposta por Jesus quando ele diz: A minha paz eu vos dou, a minha paz eu vos deixo, mas não é a paz do mundo. 

Desencarnar é um fato, mas não devemos encarar como o fim, mas sim como a preparação para um novo recomeço. 

A reencarnação é, sem dúvida, o maior ato de amor de Deus para com a criatura, permitindo o reinício da obra interrompida, permitindo corrigir os equívocos cometidos. 

A mãe e o pai não perderam o filho querido, apenas ele foi primeiro para a verdadeira pátria, seja porque algo interrompeu a jornada por uma falha de conduta, doenças ou finalização de uma tarefa. 

A saudade é grande, a dor é imensa, mas precisamos perceber que a espiritualidade é uma realidade, pois não é lógico, acreditar em Deus e ter o fim de tudo. Como também não é lógico não ter o entendimento da existência de Deus, acreditando que tudo é obra do acaso, tais como a construção do universo, o nosso nascimento, a vida em si.

A reencarnação nos dá a oportunidade de nascer em diferentes pontos do globo, em busca de diferentes experiências para o espírito. Nascer em grupos de pessoas que tivemos relacionamentos passados para correção e também pessoas que queremos bem com o intuito de aperfeiçoar esses relacionamentos usando como ferramenta o amor maior. 

A busca maior da vida precisa ser o descobrimento interior de cada um de nós.

O desencarnar poderá acontecer individualmente, sendo esse desencarne natural em função da hora chegada, ou situações difíceis de desequilíbrio orgânico, mental e até emocional. Também existem os desencarnes coletivos, onde ocorre uma provação, uma experiência a ser vivenciada.

Deus está em tudo, a vida é infinita, vivemos outras oportunidades, estamos na vida atual e teremos futuras oportunidades, mas o importante é viver o hoje, agora, e fazer o melhor por nós e por todos à nossa volta.

Como disse o querido Chico: Somos o que somos. Depois da vida, encontraremos o “paraíso” ou o “inferno”, feito por nós mesmos.


Prof. Wagner Ideali


Créditos da imagem: Pixabay


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