Temos, porém, este tesouro em vasos de barro para que a excelência do poder
seja de DEUS e não de nós."–Paulo (II Coríntios, 4,7)
Sigamos compreendendo.
Lembra-te de que os talentos da fé e o conhecimento superior, o Dom de consolar, e a
capacidade de servir, não obstante laboriosamente conquistados por teu esforço,
constituem bençãos do Criador em teu coração de criatura.
Não te furtes, desse modo, à lavoura do bem, a pretexto de te sentires ainda sob a
influência do mal.
Até alcançarmos triunfo pleno sobre nossos desejos malsãos, sofreremos na vida, seja
no corpo de carne ou além dele, os flagelos da tentação.
Tentação da luxúria...
Tentação da vingança...
Tentação da cobiça...
Tentação da crueldade...
Tentações de todos os matizes que emergem do poço de nossos impulsos instintivos
ainda não dominados...
Se a tentação, contudo, nasce de nós, a flama da educação e do aprimoramento vem de
DEUS, conduzindo-nos para a Esfera Superior.
Não te espantes, assim, à frente do conflito da luz e da treva em ti mesmo...
Segue a luz e acertarás o caminho.
Riqueza mediúnica, fulgurações da inteligência, recursos geniais e consagração à virtude
são tesouros do Senhor que, na feliz definição do Apóstolo Paulo, transportamos no vaso
de barro de nossa profunda inferioridade, a fim de que saibamos reconhecer que todo
amor, toda sabedoria, toda santificação, toda excelência e toda beleza da vida, não nos
pertencem de modo algum, mas sim à glória de Nosso Pai, a quem nos cabe obedecer e
servir, hoje e sempre.