Quando se fala em prece, a imediata imagem que, de um modo geral, vem à mente das pessoas é a de senhoras idosas ajoelhadas em recintos semi-obscuros, numa cantilena ininteligível.

Será que somente os idosos devem orar? Serão somente os deserdados do mundo, os sofredores        os que carecem de oração?

Oração é um processo dinâmico de dialogar com Deus. É o elevar a mente para sintonizar com as forças superiores, de lá extraindo novas energias, ideias.

Sem fórmulas prontas, deve ser ditada pelo sentimento. É um abrir do coração ao Pai Amoroso e Bom.

Alguns defendem a ideia de que se Deus tudo sabe não há necessidade de se ficar a pedir. Ele dará às Suas criaturas o de que elas necessitam.

O que não se dão conta tais pessoas é de que o Pai realmente tudo sabe, tudo vê, mas a prece tem a virtude de abrir os canais mentais a fim de que se possa entender a resposta. É o tornar-se receptivo ao auxílio.

Será que a resposta sempre vem? Recordamos o ensino de Jesus: Tudo o que pedirdes ao pai em meu nome, ele vos concederá. A resposta sempre vem.

O que acontece é que, normalmente, não a percebemos. Mesmo porque ela nem sempre nos chega do jeito que se espera.

A resposta divina, por vezes, é um não. De outras, vem através dos amigos, de uma mensagem, das intuições, e outra vez não nos apercebemos.

E o que pedir? Eis outra dúvida. Defendem muitos que somente se deve solicitar coisas para o Espírito, jamais coisas materiais.

Convenhamos que se vivemos no mundo, necessitamos de algumas coisas materiais. Qual o problema de se rogar pela saúde de alguém?

Qual a dificuldade de se pedir auxílio na busca de um emprego digno, que nos garanta o sustento da carne?

Qual o inconveniente de se rogar a misericórdia divina para a fome que castiga o estômago ou para o frio que tortura o corpo?

Contudo, oração não é somente um petitório infindável. Antes de tudo é louvor.

Ao ensinar a orar, Jesus primeiramente louvou o Criador de todas as coisas. Santificado seja vosso nome.

E para ensinar a resignação aos planos celestes, estabeleceu Seja feita a vossa vontade.

Só depois é que Ele direcionou a rogativa.

A oração é alimento diário. Na alegria e na dor. Na saúde e na doença. Ante os sucessos ou enfrentando os fracassos.

Orar com sinceridade, sabedor que não será pela extensão da oração que ela será melhor ouvida, mas sim pelo seu conteúdo.

A melhor prece é a do homem de bem.

Orar a Deus, a Jesus, evitando dirigir pedidos a parentes e amigos desencarnados que poderão não ter condições de atender, o que só lhes aumentará a carga de preocupações.

Orar por nós, pelos enfermos, pelos desencarnados, pelos suicidas, em especial, pelos que não nos amam. Orar pelos ­amigos, pois que a prece sustenta.

É do Cristo o ensinamento Orai uns pelos outros.

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A oração em favor dos que sofrem constitui sempre uma valiosa contribuição para aquele a quem é dirigida.

Não resolve o problema, nem retira a aflição, mas suaviza a aspereza da prova.

Quando a oração é dirigida aos enfermos, ela estimula os centros atingidos pela doença, restaurando o equilíbrio das células.

A oração é sempre um bálsamo para a alma, e se torna medicação para o corpo físico.

A oração acalma, equilibra, dulcifica aquele que ora, propiciando-lhe resultados salutares.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 20, do livro 
Momentos de meditação, pelo Espírito Joanna de Ângelis, 
psicografia de Divaldo Pereira Franco. 

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