MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 7* do Cap. XVIII do ESE

Sofres pedindo alívio e inebrias-te na oração, como quem sobe ao Céu pela escada sublime da benção...
Rogas a presença do Cristo.
Todavia, não encontras o Mestre, diante de quem prostrarias de rastros.
Sabe, porém, que nas alturas os Braços Eternos te sustentam a vida e, enquanto te enterneces na melodia da confiança, sentes que tua alma se coroa de luz, ao fulgor das estrelas.
Suplicas, em prece, a própria felicidade e a felicidade dos que mais amas, obtendo consolo e refazendo energias...
Contudo, quando voltares da divina excursão que fazes em pensamento, desce teus olhos no vale dos que padecem.
Surpreenderás aqueles para quem leve migalha de teu conforto expressará sempre, de algum modo, a aquisição da perfeita alegria.
Os mutilados em pranto oculto, os enfermos deixados aos pesadelos da noite, os infelizes em desespero e os pequeninos que se amontoam ante o lar de ninguém.
Descobrindo-os, decerto não lhe alongarás apenas o olhar dorido, mas também as próprias mãos, aprendendo a redentora ciência de auxiliar.
Compreenderás então que podes igualmente distribuir na Terra o tesouro de amor que imploras do Céu, e quem sabe?
Talvez hoje mesmo, penetrando o quarto sem lume de algum doente que o mundo esqueceu no catre da angústia, encontrarás o Senhor, velando-lhe as horas, como a dizer-te com ternura inefável:
- “Para que me chamaste? Eu estou aqui.”

MINHA REFLEXÃO
É muito fácil levantar os olhos aos Céus e glorificar o Mestre Jesus. A oração, realmente nos eleva espiritualmente nos deixando leves, às vezes a flutuar.
No entanto, ao descermos das alturas em que estávamos a pairar, nos deparamos com a realidade dura e às vezes cruel em que vivem aqueles que nos envolvem, seja familiarmente ou socialmente.
Se a oração não nos sensibiliza a dar a mão a quem necessita, seremos aqueles que constroem a casa na areia e, então, grandes são suas ruínas. Termos perdido nosso tempo ou adiado nossa felicidade um pouco mais.
Jesus nos lembrou, na parábola do bom samaritano (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 31 a 46.) se fizéssemos aos mais pequeninos de seus irmãos, estaríamos fazendo a ele mesmo. Daí a simbologia dessa mensagem, quando o crente, depois de orar, encontra Jesus ao pé do leito de um desvalido.
Que oremos sim, mas que não nos esqueçamos de descer das alturas e encontrar com o nosso Senhor em sua seara de assistência aos necessitados.
Que Deus nos ajude.
PAZ E ALEGRIAS


*7. Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa. - Quando caiu a chuva, os rios transbordaram, sopraram os ventos sobre a casa; ela não ruiu, por estar edificada na rocha. - Mas, aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, se assemelha a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, os ventos sopraram e a vieram açoitar, ela foi derrubada; grande foi a sua ruína. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 24 a 27. - S. LUCAS, cap. VI, vv. 46 a 49.)


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