“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês.”

Jesus

Os conflitos existenciais têm sua origem nas experiências passadas que deixaram marcas em nossa personalidade e em nossa consciência. Podem, essas experiências, serem positivas, como virtudes, ou negativas como traumas e vícios.

Podemos verificar que nossos conflitos existenciais podem ser decorrentes de escolhas que fizemos nessa existência que não estão em harmonia com seus propósitos evolutivos e, portanto, com as leis divinas.

Alguns conflitos muito comuns são: medo, crueldade, culpa, vazio existencial, ansiedade, fobias entre outros.

Buscamos sempre o imediatismo da vida, com seus valores transitórios, e quando esses valores não preenchem nossas necessidades, buscamos fugas psicológicas, como a obtenção de coisas materiais, como as drogas, entre outras formas. 

O problema é que essas coisas materiais nos fornecem alguns momentos de paz, que vão nos satisfazer por curto espaço de tempo, para depois voltar aos conflitos internos. 

A vida nos foi oferecida por Deus para ser vivida, mas temos o livre arbítrio para buscar o que for melhor, mais ético, com mais equilíbrio e que deixarão valores eternos dentro de nós.

Não existe uma receita pronta, mas sim princípios e valores que nos auxiliam a combater e vencer. Esses princípios são os ensinamentos apresentados pelo nosso Mestre Jesus.

Uma forma também muito comum de conflitos existenciais e que as pessoas muitas vezes não percebem, estão na influência dos espíritos desencarnados. 

Se essa influência for negativa, vai causar desequilíbrio e dificuldades para tomar decisões construtivas, mudança de hábitos e melhorar nossa forma de agir. 

Se essa influência for positiva (nesse caso não seria uma influência propriamente dita, mas aconselhamentos de forma intuitiva), poderá confrontar com as nossas más tendências, gerando dentro de nós uma necessidade de mudança, para melhor. Dependendo de nossa aceitação, poderá ser um momento decisivo de mudança para melhor, mas também poderá gerar dentro da criatura uma luta para não mudar e continuar com os mesmos hábitos ultrapassados e perniciosos para a personalidade, portanto para a evolução.

Assim, para lidar com esses conflitos, a doutrina espírita propõe a prática do autoconhecimento, reforma íntima e prática da caridade. 

Estamos ainda na nossa infância espiritual, mas já a muito tempo podemos perceber algumas coisas:

• Conhecer a si mesmo;
• Perdoar a si e ao próximo;
• Fazer o bem;
• Pensar de forma construtiva e sempre no bem;
• Viver a vida dentro de um equilíbrio ético;
• Estudar, trabalhar sempre, naquilo que esteja em nosso alcance;
• Caridade acima de tudo.

Essas práticas e atitudes, permitirá a todos identificar as fraquezas e trabalhar para superar esses conflitos.

A mediunidade equilibrada, baseando-se no estudo constante, na prática da caridade (que não se resume a ajuda material, mas sim em atos e vivências de amor, perdão e paz), vai nos levar a entender, identificar e lidar com essas influências espirituais.

O livro Céu e Inferno, um dos pilares da codificação e o livro Conflitos Existenciais de Joanna de Ângelis, nos proporcionam um grande aprendizado sobre os conflitos e suas origens.

Então, podemos ver que o ensino de Jesus: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês”, nos leva a refletir que somente vivendo os ensinos do Mestre em toda a sua pureza que vamos vencer de forma profunda os nossos conflitos existências.

Prof. Wagner Ideali