Ainda que seja uma figura bastante popular, nem todo mundo sabe a relação entre Francisco de Assis e o Espiritismo ou conhece detalhes da sua história.

Por isso, neste artigo, detalhamos momentos importantes da vida do nosso querido Irmão Sol para que você conheça toda a trajetória desse grande benfeitor.

Francisco de Assis e o Espiritismo: Irmão Sol

Francisco de Assis teve importante participação no Espiritismo, sendo um dos espíritos superiores que ajudaram na codificação espírita por Allan Kardec.

É ele quem assina em primeiro lugar os Prolegômenos, de O Livro dos Espíritos, mas com outro nome, o de sua antiga reencarnação: João Evangelista.

Quando encarnado, a Doutrina Espírita ainda não havia sido sistematizada, mas Francisco de Assis, certamente, aplicou muitos de seus principios.

Afinal, era um homem bondoso e caridoso.

Pouco antes de desencarnar, Francisco entoou um cântico de sua autoria chamado Cântico do Irmão Sol.

Foi assim que recebeu carinhosamente o apelido de Irmão Sol dos seus devotos.

Santa Clara, por sua vez, ficou conhecida como a Irmã Lua. Ela foi a fundadora do ramo feminino da ordem franciscana.

As histórias de Francisco de Assis e de Santa Clara foram retratadas no filme Irmão Sol, Irmã Lua, de Franco Zeffirelli (1972).

História de Francisco de Assis: resumo de sua vida

Francisco de Assis desencarnou aos 44 anos e, embora tenha tido uma vida breve na Terra, ela foi de muitos feitos.

Onde nasceu Francisco de Assis?

Francisco de Assis nasceu em Assis, na Itália, em 1182. Seu nome de batismo, no entanto, é Giovanni di Pietro di Bernardone.

A origem do nome Francisco é desconhecida. Já Assis é uma atribuição em razão da sua terra natal.

Quem foi Francisco de Assis?

Francisco de Assis foi um frade católico.

Filho dos comerciantes italianos Pietro di Bernadone dei Moriconi e Pica Bourlemont, abdicou-se da vida burguesa para cumprir sua missão como evangelizador.

Juventude de Francisco

Francisco de Assis e o Espiritismo

Na juventude, Francisco seguiu os passos de seus pais e trilhou o caminho do comércio de tecidos.

Era um comerciante abastado e muito conceituado. No âmbito pessoal, era bastante popular, indisciplinado e extravagante.

Apesar dessas características, sempre se mostrou uma pessoa bondosa.

Quando jovem, Francisco tinha fascinação por histórias de cavalaria e heróis.

Foi, então, que decidiu se alistar como soldado na guerra de Assis contra a Perúgia.

No combate, acabou sendo preso.

Cerca de um ano depois, foi resgatado, mas logo ficou doente.

Após um período de recuperação, arriscou-se novamente como guerrilheiro, dessa vez, no exército papal que lutava contra Frederico II.

Essa decisão partiu de um sonho, em que ele se via em um palácio, com uma donzela, e rodeado por armas e apetrechos de guerra.

A caminho da guerra, teve outro sonho: um conselho de que deveria retornar à sua terra.

O despertar de Francisco de Assis: a conversão

O sonho de que deveria voltar à Assis, certamente, mexeu com Francisco.

Poucos dias depois desse episódio, quando já estava em Assis, começou a perder o interesse por seus antigos hábitos e passou a se preocupar com os necessitados.

Nesse momento, decidiu ir à uma caverna para meditar.

Levou consigo um amigo muito fiel (futuro Frei Leão) e compartilhou com ele os seus planos de seguir uma vida religiosa.

E assim o fez.

O divisor de águas foi o acolhimento a um homem leproso.

Francisco sentia repulsa pelos leprosos, mas ao ver um deles passando frio, enquanto passeava à cavalo, parou, desceu do animal e cobriu o homem com seu próprio manto.

Apesar disso, sua devoção mostrou-se completa em outra ocasião.

Um dia, ele foi orar na igreja de São Damião e ouviu Jesus Cristo falar-lhe sobre um crucifixo, bem como o estado do prédio e a necessidade de reconstrução da Sua Igreja, e Francisco pensou que era o templo de pedra.

Francisco voltou imediatamente para a sua casa e vendeu os tecidos da loja da família a preços baixos, a fim de obter dinheiro rápido para doar ao padre.

Seu pai, ao descobrir o que havia acontecido, ficou furioso e pediu que buscassem Francisco.

Diante de seu pai, Francisco despiu-se, entregou suas roupas, e renunciou à herança da família.

Em seguida, pediu a bênção do bispo e nunca mais retornou à sua antiga vida.

A fundação da Ordem e primeiras obras

Após ouvir novamente a voz de Jesus, pedindo-lhe para “reerguer a Sua Igreja”, Francisco de Assis entendeu e saiu em busca de ajudar a reconstruir as igrejas que estavam precisando.

Além dessa missão, passou também a ser um missionário, pregando a palavra divina por Assis.

Conquistou alguns seguidores e, com um grupo formado, foi até Roma para obter autorização para a regra primitiva da sua Ordem, que prescrevia a pobreza absoluta para os monges e para os membros da Ordem.

A regra não foi outorgada, mas ele conseguiu a permissão para que seu grupo pregasse e fornecesse assistência moral às pessoas, com a condição de voltar para regularizar a Ordem se o trabalho desse certo.

Pouco tempo depois, a Ordem contou com a primeira mulher, Clara d’Offreducci, conhecida como Santa Clara ou Clara de Assis, que fundou o ramo feminino da Ordem dos Franciscanos.

Reforma da Ordem

Após um período de peregrinação, Francisco voltou à Roma para pedir ajuda ao papa ao ver que a Ordem passava por conflitos.

Para solucionar os problemas existentes, ele elaborou uma segunda regra, mas que não surtiu efeito.

Um novo texto, então, foi criado e submetido à aprovação papal.

A terceira regra, chamada de Regra Bulada, sofreu diversas alterações antes de ser, finalmente, aprovada.

No entanto, com ela, a Ordem perdeu muitas características originais.

Desencarne de Francisco de Assis

Em 1224, Francisco de Assis renunciou à direção da Ordem e foi viver em uma floresta para ficar em contato com a natureza.

Um dia, quando estava rezando, presenciou a imagem de um serafim com uma cruz.

Naquele momento, viu seus pés e mãos sangrarem como se tivesse sido crucificado.

Depois disso, já muito doente, pediu que o levassem de volta à sua terra natal.

No dia 3 de outubro de 1226, Francisco de Assis desencarnou em Assis, na Itália.

As vidas de Francisco de Assis

Segundo relatos mediúnicos, Francisco de Assis teria sido o apóstolo João Evangelista. Alguns fatos explicam a ligação entre ambos, além do fato de terem sido evangelizadores.

Francisco passou seus últimos momentos lendo textos evangélicos que correspondem à Última Ceia. Sabe-se que João Evangelista ficou sentado ao lado de Cristo na ocasião.

Outra compatibilidade é que Francisco adorava Maria, a mãe de Jesus. João Evangelista, por sua vez, foi quem ficou ao lado dela no desencarne de Cristo.

Joanna de Ângelis, Francisco de Assis e o Espiritismo

joanna de assis e francisco

Joanna de Angelis é conhecida por ser a guia espiritual do médium Divaldo Franco.

Em uma de suas vidas passadas, Joanna de Ângelis foi Santa Clara de Assis (1194-1253), a discípula de Francisco e fundadora do ramo feminino da Ordem dos Franciscanos.

Uma vez, Divaldo Franco viajou à Itália e Joanna lhe pediu que fosse até Assis visitar o túmulo de Francisco.

Ele cumpriu o pedido e, diante da sepultura, a guia ditou uma mensagem.

Após finalizar a psicografia, ela orientou Divaldo a visitar o convento de Clara de Assis.

Lá, diante do corpo de Clara, ele se deu conta de que Joanna de Ângelis havia sido a Santa Clara em outra vida.

Francisco de Assis e Santa Clara de Assis

Porque Francisco de Assis é conhecido como protetor dos animais?

Francisco de Assis é tido como o protetor dos animais. Aliás, muita gente o conhece por esse título sem saber ao certo a história dele.

A verdade é que ele sempre adorou a natureza e, como parte dela, os animais. Tratava-os como se fossem seus irmãos, com muito carinho, amor e respeito.

Além disso, há muitas histórias de Francisco com os animais, de que ele se comunicava com eles. Por tudo isso, ganhou a fama de protetor dos bichos.


Conclusão

Francisco de Assis foi um espírito iluminado, que ajudou muitos pobres, e converteu inúmeros seguidores do Evangelho.

Também contribuiu significativamente para a codificação da Doutrina Espirita.

Como vimos na história, embora sua alma bondosa sempre tenha existido, nem sempre ele se dedicou à caridade.

Isso nos mostra que sempre é tempo de repensar nossas atitudes e seguir pelos caminhos de Jesus Cristo.

Fonte: conteudoespirita.com


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