"Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou" - Paulo (Efésios, 4:32)

A grande maioria dos homens está mais interessada em tudo quanto se relacione ao bem-estar da vida terrena, a satisfação pessoal, deixando de cuidar da vida espiritual. Mesmo quando bem intencionados, desejosos de realizar boas obras não cuidam do próprio adiantamento, dando vazão às paixões de ordem inferior. 
            
No entanto faz-se necessário aprimorar-se, amar o bem, sentir pelo outro enfim, orientar a existência pelos princípios superiores do Evangelho. 

Por isso, o apóstolo Paulo prescreve: "Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou". Essa benignidade aconselhada, é entendida como disposição favorável à prática do bem; é a conduta com a qual o homem consegue superar suas dificuldades de ordem pessoal e social. 
            
É sabido que as maiores dificuldades do homem residem no relacionamento interpessoal justamente porque não respeita o próximo, não faz a ele tudo quanto deseja para si, detendo-se no egoísmo, no orgulho e vaidade que levam a ver só a si, a buscar somente seu benefício prejudicando e infelicitando o próximo, criando grilhões que o prendem nos círculos inferiores em dores e apreensões. 
           
A recomendação apostólica leva a refletir sobre a necessidade de modificação das condições espirituais que se expressarão em ações melhores, de seguir outro rumo, que leve a relacionamento significativo, regido pela solidariedade, brandura, indulgência, perdão..., identificando nesse proceder o caminho do progresso real, no trabalho incessante que culmina na modelação íntima em renovações constantes. Nos exemplos que se seguem no texto em estudo há o convite a que se pense sobre a generosidade e o amor do Pai pelas suas criaturas manifestando-se na tolerância aos reiterados erros; na ajuda desinteressada que seus mensageiros prestam a todos que dela necessitam; nas novas oportunidades, sempre oferecidas, à renovação; não havendo ninguém que não tenha em suas mãos os valores com os quais possa trabalhar seu potencial espiritual, aquele realmente capaz de promover a felicidade. 
            
Observando a generosidade das concessões divinas por toda parte, renovemo-nos para o bem, permanecendo atentos às menores oportunidades de ajudar, aproveitando-as quanto possível, porquanto pelas nossas ações seremos enriquecidos ou depreciados em nossos recursos. 

            É da Lei que "a cada um seja dado segundo suas obras". 
            Exortados pelos pensamentos do apóstolo Paulo, usemos constante benignidade uns para com os outros, porque somente assim viveremos no clima de Jesus, na construção do Reino de Deus.

Iracema Linhares Giorgini

 
Bibliografia:
● Xavier, Francisco Cândido. "Palavras de Vida Eterna: Benignidade". Ditada pelo Espírito Emmanuel, 17 ed. Uberaba – MG – CEC. 1992.
● Rizzini, Carlos Toledo. "Evolução Para o Terceiro Milênio: Introdução e Princípios Doutrinários". 9 ed. Sobradinho – DF – Edicel. 1990.

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